
Balão de Observação
Um Balão de Observação é um tipo de balão empregado como plataforma aérea para recolha de informações e observação de Artilharia.
O uso de balões de observação começou durante as Guerras Revolucionárias Francesas, atingindo seu apogeu durante a Grande Guerra, e continuam a ter algum uso, embora limitado, nos dias de hoje.
O primeiro uso militar de balões de observação foi da “Compagnie d’aérostiers”, companhia francesa, durante as Guerras Revolucionárias Francesas, sendo a primeira vez durante a Batalha de Fleurus (1794).
Foram também utilizados por ambos os lados durante a Guerra Civil Americana (1861-65) e continuaram em uso durante a Guerra Franco-Prussiana (1870-1871).
O Exército Britânico também os utilizou durante a expedição a Bechuanaland em 1884 e Suakin em 1885, na Segunda Guerra dos Bôeres (1899–1902), onde foram usados para observação de Artilharia na Batalha de Magersfontein e durante o Cerco de Ladysmith.
A Grande Guerra foi o ponto alto para o uso militar de balões de observação, onde foram amplamente utilizados por ambos os lados. As armas de Artilharia tinham sido desenvolvidas a ponto de serem capazes de atingir alvos além do alcance visual de um observador terrestre. Por isso, posicionar observadores de Artilharia em balões, geralmente a alguns quilómetros atrás das linhas de frente e em altitude, permitia ver os alvos a uma distância maior do que a partir do solo. Isso permitiu que a Artilharia fosse mais eficaz ao aproveitar melhor o seu maior alcance.
As tripulações de observação da Grande Guerra foram as primeiras a usar pára-quedas.
Os balões começaram a ser utilizados no mar para fins anti-submarinos no final da Grande Guerra e o Exército Vermelho também os utilizou durante a Segunda Guerra Mundial.
Os balões de observação também desempenharam um papel durante a Guerra Fria, no “Projeto Mogul”, onde se utilizaram balões de observação de grande altitude para monitorizar os testes nucleares soviéticos.
Aeróstatos foram usados pelos EUA e pelas forças militares da coligação no Iraque e no Afeganistão.
Os satélites espiões, juntamente com o fim da Guerra Fria, tornaram os balões de observação, na sua maioria, obsoletos.