Batalha de Sedan (01-09-1870)

A Batalha de Sedan ocorreu a 1 de Setembro de 1870, durante a Guerra Franco-Prussiana.

Colocou o exército francês com 120.000 homens e 560 canhões, comandado pelo Imperador Napoleão III, contra o exército prussiano sob o comando do futuro Kaiser (Guilherme I da Prússia), com 200.000 homens e 780 canhões.

Foi uma vitória decisiva para as forças prussianas, tendo o próprio Imperador francês sido feito prisioneiro, embora a guerra não tenha terminado nesta batalha.

Na tarde de 31 de Agosto, os alemães começaram a cercar Sedan; o exército do Príncipe herdeiro da Prússia Friedrich Wilhelm (futuro Imperador Frederico III) ocupou Frénois e Donchéry a Oeste e uma vanguarda do 4º Batalhão de Chasseurs da Baviera (3º Exército) conseguiu ocupar a ponte ferroviária Remilly-Aillicourt antes de que as tropas francesas tivessem tempo de a fazer explodir. Os elementos mais avançados do Batalhão conseguiram então atravessar o rio Meuse e chegar a Bazeilles, aproximadamente 5 km a Sudeste de Sedan.

Os fuzileiros da chamada Divisão Azul, comandada pelo General de Vassoigne, receberam ordem para retomar a vila e a 2ª Brigada do General Martin des Pallières lançou um contra-ataque apoiada pela 1ª Brigada do General de Reboul. Recapturaram a povoação, assim que a noite caiu e, até empurraram os bávaros de volta para a ponte, tão enérgico foi o contra-ataque. Mas, à noite, o 1º, 2º e 4º Corpos da Baviera atravessaram novamente a ponte.

No dia 1 de Setembro, antes do amanhecer, começou a batalha, os bávaros atacaram Bazeilles.

Os dois exércitos alemães posicionaram-se para Norte, o do Príncipe Herdeiro da Prússia no flanco ocidental, o do Príncipe da Saxónia no flanco oriental, convergindo depois para Illy.

Mac-Mahon, ferido por um fragmento de projéctil, abandonou o seu comando. Para o substituir, nomeou o General Ducrot que ordenou imediatamente a retirada em direção a Illy e Mézières.

Mal tinha começado a movimentação das tropas quando o General de Wimpffen, mostrando uma carta do ministro Charles Cousin-Montauban, Conde de Palikao, confiando-lhe o papel interino de Mac-Mahon em caso da sua ausência, reivindicou o comando e cancelou as instruções de Ducrot. Num prazo de apenas três horas, as tropas francesas tiveram três comandantes-chefes, cada um com um plano diferente, o que não favoreceu a acção francesa.

No dia 1 de Setembro, às 4 horas da manhã, parte do I Corpo da Baviera infiltrou-se em Bazeilles, no flanco leste do Castelo de Sedan. A forte resistência das tropas navais francesas obrigou os bávaros a enviar todo o seu 1º Corpo para a zona.

A batalha começou a virar a favor dos franceses. De Wimpffen, refutou a estratégia de retirada e ordenou que Bazeilles fosse reocupada. Por volta da uma hora da tarde, Wimpffen deu as suas ordens: contra-atacar vigorosamente do lado de Bazeilles, na direcção de Metz. E, para ter os meios para o fazer, tomou as reservas de Douay e Ducrot, obrigando-as a diminuir a frente Norte.

Os bávaros, claramente em menor número mas apoiados por uma artilharia moderna e muito eficaz, recapturaram a aldeia. Um batalhão do 4º Corpo da Baviera avançou para a aldeia de Balan, separando assim Bazeilles de Sedan.

A batalha transformou-se num desastre para os franceses, quando o exército prussiano do Príncipe herdeiro Friedrich Wilhelm da Prússia atravessou o Mosa em Donchery, a Sudoeste de Sedan, para se juntar ao corpo armado do príncipe Alberto da Saxónia, que tinha vindo de Beaumont após a batalha.

Às duas horas, no planalto de Illy, no flanco Noroeste da cidadela de Sedan, os dois exércitos alemães uniram-se: o ciclo estava completo. Não só a hipotética fuga em direcção a Mézières ou à Bélgica iniciada por Ducrot antes da chegada prematura de Wimpffen já não era possível, como o inimigo tinha criado uma divisão entre o Corpo de exército de Douay e o de Ducrot.

Apesar de quatro ataques efectuados pelos cavaleiros do General Margueritte, tão desesperados quanto corajosos, as forças francesas não conseguiram romper o cerco do planalto de Illy. Esta era a única possibilidade de o exército francês escapar para chegar a Mézières. Cercado e completamente desorganizado, o exército francês recuou em desordem para a cidadela de Sedan.

A Batalha de Bazeilles custou à França a vida a 2.655 homens e à Alemanha a vida a quase 5.000 bávaros.

Napoleão III dá a ordem de hastear a bandeira branca na cidadela para pedir um armistício.

Após deliberação, os vencedores aceitaram a rendição do Exército francês e pediram ao Imperador que nomeasse um dos seus oficiais para tratar da capitulação. O Rei da Prússia nomeou o seu comandante-chefe, von Moltke, e retirou-se então para a aldeia de Vendresse, a Sul de Sedan. Ao início da noite, o General de Wimpffen, plenipotenciário designado pelo Imperador, dirigiu-se ao quartel-general alemão em Donchery, a Sudoeste de Sedan. Queria negociar, mas von Moltke, acompanhado pelo Chanceler Otto von Bismarck, exigiu a rendição incondicional.

A 4 de Setembro, apesar da oposição do órgão legislativo e sob pressão dos parisienses furiosos, Léon Gambetta anunciou a deposição do imperador. Pouco depois na companhia de Jules Ferry, Jules Favre e outros deputados, proclamou a República. É instituído um governo de defesa nacional, composto por 11 deputados de Paris.

Apesar do desastre em Sedan, e enquanto Bazaine esteve preso em Metz, o governo recusou-se a aceitar a derrota e reconstituiu um exército, mas a partir de 20 de Setembro Paris foi cercada. Algumas batalhas vitoriosas do Exército de Orleães provaram que o governo tinha razão, mas Bazaine rendeu-se, libertando tropas alemãs que se juntaram às forças que tinham vencido em Sedan. Os franceses foram definitivamente derrotados após o fim do Cerco de Paris, a 28 de Janeiro de 1871. Foi assinado um armistício geral no Palácio de Versalhes.

Guilherme é proclamado Imperador do II Reich Alemão. Otto von Bismarck conseguiu alcançar a união dos estados alemães como desejava antes das hostilidades.

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