Batalha de Villiers (29-11 a 03-12-1870)

Batalha de Villiers (29-11 a 03-12-1870)

 

Batalha de Villiers

A Batalha de Villiers, nome dado em homenagem à comuna de Villiers-sur-Marne, em cujo território se deu a batalha, também chamada Batalha do Marne ou Batalha de Champigny, marca a principal tentativa de fuga dos Exércitos da Defesa Nacional, levada a cabo sob os muros de Paris sitiada, no denominado Cerco de Paris, durante a Guerra Franco-Prussiana de 1870 e marca mais uma derrota para o Exército francês. Decorreu entre 29 de Novembro e 03 de Dezembro de 1870.

Após a derrota do Exército francês, na Batalha de Le Bourget, e a notícia da capitulação de Metz, durante o Cerco de Metz, o moral da população parisiense entrou em declínio. Para remediar esta situação e devolver a esperança aos habitantes da capital, o General Trochu, Governador Militar de Paris, decidiu organizar uma surtida geral para romper as linhas alemãs.

Os ataques ocorreram desde Gare-aux-Bœufs, perto de Choisy-le-Roi, l’Haÿ, Mont-Mesly, até ao planalto de Avron, e foram realizados reconhecimentos na planície de Gennevilliers, e nas zonas altas de Buzenval e Boispréau, com uma tentativa principal na direcção de Champigny. Isso permitiria ao Exército de Paris afrouxar o domínio prussiano e juntar-se ao Exército do Loire, o que poderia inverter o equilíbrio de poder.

A 30 de Novembro, o General Ducrot conduziu 80.000 homens em direção às aldeias de Champigny-sur-Marne e Bry-sur-Marne, a Leste do rio Marne. Este sector das linhas alemãs era mantido pela Divisão Württemberg do 3º Exército Prussiano.

No dia anterior, o rio Marne tinha transbordado, transformando um ataque de reconhecimento francês num desastre, com uma perda de 1.300 homens. A ofensiva principal foi então decidida para o dia seguinte.

A acção da Artilharia francesa repeliu as unidades alemãs entrincheiradas nas aldeias de Bry-sur-Marne e Champigny-sur-Marne, permitindo às tropas de Ducrot atravessar o rio Marne. O General Ducrot estabeleceu uma cabeça de ponte na margem oposta do rio e avançou em direção a Villiers.

Contudo, a Divisão de Württemberg estava tão bem entrincheirada nos pontos altos, com uma visão privilegiada sobre Champigny-sur-Marne, entre Villiers-sur-Marne e Le Plessis-Trévise, que a Artilharia francesa não conseguiu desalojá-la. O ataque teve que ser adiado.

Ducrot solicitou o apoio do III Corpo do General d’Exéa, que tinha atravessado o rio Marne a Norte de Bry-sur-Marn, mas este chegou demasiado tarde para participar eficazmente na ofensiva, e Ducrot adoptou uma posição defensiva.

A 2 de Dezembro, os alemães pareciam estar a enfrentar uma situação de impasse semelhante à da Batalha de Le Bourget, mas uma rápida ofensiva levada a cabo pelos prussianos, comandada por de Fransecky rapidamente lhes deu o controlo de Champigny. No entanto, com os franceses agora agrupados, os dois Exércitos enfrentaram-se sem conseguirem flanquear-se, e por isso, a batalha caiu novamente num impasse.

Entretanto, Ducrot abandonou a ideia de um contra-ataque, dado que as suas tropas estavam gravemente afectadas pelo frio extremo que se fazia sentir (-14° C), e embora avisado da aproximação do Exército do Loire ordenou a retirada das tropas para a capital a 4 de Dezembro.

Ambos os exércitos pagaram um preço elevado nesta batalha. Os franceses perderam cerca de 9.000 homens, enquanto as perdas alemãs somaram 3.000 mortos.

O Exército do Loire foi derrotado na Batalha de Orleães.

O General Ducrot, perante estes desaires, pressionou então Trochu e o Ministro dos Negócios Estrangeiros Jules Favre para iniciarem conversações de paz com a Prússia.

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