Carlos I (1863-1908), Rei de Portugal

Carlos I (1863-1908), Rei de Portugal

 

Carlos I

Carlos Fernando Luís Maria Victor Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis José Simão de Bragança Sabóia Bourbon e Saxe-Coburgo-Gotha (D. Carlos I) foi um monarca português, filho de D. Luís e de D. Maria Pia de Saboia.

Nasceu em Lisboa a 28 de Setembro de 1863. Aí também morreu assassinado no dia 1 de Fevereiro de 1908. Trigésimo terceiro rei de Portugal (de 1889 a 1908), ficou conhecido pelos cognomes de o Martirizado e o Diplomata.

Casou em 1886 com D. Amélia de Orleães, princesa de França, filha dos condes de Paris, de cujo enlace nasceram D. Luís Filipe e D. Manuel. O seu reinado ficou marcado por eventos que fomentariam o espírito republicano e o descrédito crescente do regime monárquico.

O primeiro destes eventos aconteceria logo em 1890 com o ultimato inglês, motivado pelo “Mapa cor-de-rosa” (1886), que punha em causa as pretensões do imperialismo britânico, nomeadamente o ensejo de ligar o Cabo ao Cairo. Portugal foi obrigado a abandonar os territórios africanos em questão, o que constituiu uma humilhante derrota para a diplomacia portuguesa e para o País. Este facto provocou uma explosão de sentimentos anti-britânicos um pouco por todo o reino e em todos os quadrantes políticos.

Este ambiente foi aproveitado pelos republicanos que, após este incidente diplomático, reagiram com maior veemência do que nunca. No Porto estala uma revolta que acabaria por fracassar, mas que proclamaria a República pela primeira vez na História portuguesa (o 31 de Janeiro de 1891).

O rotativismo entre os Partidos Progressista e Regenerador entrara em descrédito, aumentando de eleição para eleição o número de representantes republicanos.

Assim, em Maio de 1906, D. Carlos chama João Franco para formar Governo, o qual, contrariando promessas anteriormente feitas, encerra a Assembleia Legislativa e dá início a uma ditadura. A ditadura de João Franco desencadeou uma onda de protestos, sobretudo devido aos adiantamentos à Casa Real e à repressão política.

Em 21 de Janeiro de 1908, uma tentativa revolucionária foi dominada pelo Governo, tendo sido feitas inúmeras prisões. Na sequência deste movimento, foi elaborado um decreto que previa a deportação do reino para os conspiradores, decreto que D. Carlos promulgou.

Passados poucos dias, em 1 de Fevereiro de 1908, a família real portuguesa chegava a Lisboa vinda de Vila Viçosa, desembarcando junto do Terreiro do Paço donde seguiu para o Paço das Necessidades. Pelo caminho deu-se o regicídio, no qual morreram D. Carlos e o seu filho D. Luís Filipe, o herdeiro do trono.

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