Prag, (em checo: Praha; em português: Praga), é a capital e a maior cidade da Chéquia (Tchéquia), situada na margem do Vltava. Conhecida como “cidade das cem cúpulas”, Praga é um dos mais belos e antigos centros urbanos da Europa, famosa pelo extenso património arquitectónico e rica vida cultural. Praga tem uma área de 496 km² e uma população de 1.237.893 habitantes (censo 2009).
Importante também como núcleo de transportes e comunicações, é o principal centro económico e industrial da Chéquia. Situada na Boémia central, a cidade de Praga localiza-se sobre colinas, em ambas as margens do rio Vltava, pouco antes de sua confluência com o rio Elba. O curso sinuoso do rio através da cidade, cheia de belas e antigas pontes, contrasta com a presença imponente do grande Castelo de Praga em Hradcany, que domina a capital na margem esquerda (Oriental) do Vltava.
Durante milhares de anos, as primitivas praças da moderna Praga foram passagem obrigatória nas rotas comerciais que atravessavam a Europa de Norte a Sul. Numerosos resquícios paleolíticos e neolíticos atestam a existência de povoações agrícolas entre os anos 5000 e 2700 a.C. Os celtas estabeleceram povoados nessa zona nos séculos IV e III a.C., mas as primeiras notícias de um assentamento permanente em Praga remontam ao século IX, quando, segundo a lenda, a princesa Libuse e seu marido Premysl fundaram a cidade que, governada pela dinastia por eles iniciada e que permaneceu no poder entre os séculos IX e XIV, se converteu no núcleo político do reino da Boémia e num dos mais importantes centros comerciais da Europa medieval.
Praga cresceu ainda mais em 1257, com a fundação, junto às muralhas do castelo de Hradcany.
Entre 1346 e 1378, o imperador alemão Carlos IV de Luxemburgo estabeleceu a capital do seu império na cidade, que experimentou novas fases de florescimento em 1348, com a fundação da Universidade. A rivalidade entre as populações tcheca e alemã, levou a que no século XV, se desse a insurreição hussita durante a qual os dirigentes da cidade foram atirados pelas janelas da sede do governo pelo povo enfurecido.
Em 1526, a ascensão da dinastia católica dos Habsburgos ao trono boémio pôs fim ao breve período de paz e prosperidade da cidade. A derrota das tropas checas na batalha da montanha Branca, em 1620, precipitaram a eclosão da Guerra dos Trinta Anos, durante a qual Praga foi ocupada por saxões e suecos, e o declínio económico da cidade, cuja recuperação só ocorreria no século XVIII.
Principal centro dos triunfos que, em 1848, levaram à vitória do nacionalismo checo contra o domínio austríaco, Praga tornou-se, em 1918, a capital da nova e independente República da Checoslováquia. Os pactos de Munique, de 1938, cederam a cidade e o país à Alemanha Nazi, situação que se manteve até ao final da Segunda Guerra Mundial, quando a Checoslováquia passou para a órbita da União Soviética.
Em 1968 a cidade foi cenário do movimento popular que se tornou conhecido como Primavera de Praga, que resultou na invasão das tropas do Pacto de Varsóvia. As manifestações populares de repúdio à ocupação se multiplicaram e foram reprimidas com violência.
A Revolução de Veludo (17 de Novembro a 29 de Dezembro de 1989), revolução não violenta, levou à deposição do governo comunista no país.
Em 31 de Dezembro de 1992, com a dissolução dos laços que uniam checos e eslovacos numa federação única, Praga deixou de ser a capital da Checoslováquia e passou a ser capital da Chéquia.
CASA DA ÓPERA DE PRAGA
Staatsoper Prag, originalmente apelidado como Novo Teatro Alemão, actualmente, Casa da Ópera de Praga, é a casa da ópera e da companhia de ballet em Praga, na República Checa. Situa-se na Cidade Nova, perto da Praça Venceslau.
A Casa da Ópera de Praga, com o seu espaçoso auditório e decoração rococó, é um dos edifícios de teatro mais belos da Europa. Foi construída por cidadãos de nacionalidade alemã em Praga, no século XIX, onde actuaram muitos músicos de renome.
O antigo teatro era um simples edifício da Cidade Nova desde 1858. Foi demolido décadas mais tarde e os alemães de Praga decidiram construir no mesmo local um teatro exclusivo para a Associação de Teatro Alemão. O Novo Teatro Alemão foi inaugurado em 1888 com a ópera “Os Mestres de Nuremberga” (Die Meistersinger von Nürnberg) de Richard Wagner. Muitas óperas famosas foram encenadas e muitos cantores famosos, como Enrico Caruso, actuaram no teatro. Em 1910, estreou-se mundialmente neste teatro a ópera “Elektra” de Richard Strauss.
Após a ascensão do nazismo na Alemanha, alguns artistas alemães perseguidos pelo regime puderam novamente actuar no Novo Teatro Alemão em Praga.
O nome do teatro mudou várias vezes durante o século XX. Após a Segunda Guerra Mundial, passou a ser o Teatro do Povo Checo a que chamaram “Teatro de 5 de Maio”. Foi novamente renomeado em 1949 como “Smetana Theater” e, por fim, passou a ser um palco independente chamado “Casa da Ópera de Praga”, em 1992.
A decoração da Casa da Ópera de Praga também é digna de anotação. Um tímpano sobre a fachada é decorado com esculturas que retractam cenas da mitologia antiga. No seu interior, existem bustos de artistas, vítimas do Fascismo.
Em 2003, o corpo de ópera e ballet fundiu-se com a companhia Chamber Ballet para criar o Ballet Ópera Estatal de Praga.