Marienwerder, (em polaco, Kwidzyn), é uma cidade localizada a Norte da Polónia, situada junto ao Rio Liwa.
Estende-se por uma área de 22 km², com 39.930 habitantes, de acordo com os censos de 2007. Faz parte da Voivodia da Pomerânia desde 1999. É a capital do Condado Kwidzyn.
Os Cavaleiros Teutónicos fundaram um castelo da Ordem “Ordensburg” (fortaleza construída por cruzados Alemães das ordens militares) em 1232 e uma cidade no ano seguinte. Esta nova fundação de Marienwerder converteu-se na sede do Episcopado da Pomesânia, na Prússia.
A cidade foi povoada por colonos Masurianos do Ducado da Mazóvia.
O Cavaleiro Teutónico, Werner von Orseln, 17º Grande Mestre da Ordem, que morreu em Marienburg (Malbork) em 1330, foi sepultado na catedral de Marienwerder.
A Santa Dorothea de Montau viveu em Marienwerder desde 1391 até à sua morte em 1394.
A rebelião da Confederação Prussiana foi fundada em Marienwerder em 14 de Março de 1440.
Em 1466, a cidade tornou-se um feudo Polaco, juntamente com o restante estado monástico dos Cavaleiros Teutónicos depois da derrota que sofreram na Guerra dos Treze Anos.
Marienwerder passou a fazer parte do Ducado da Prússia, um feudo da Polónia, após a sua criação em 1525. O ducado foi herdado pela Casa dos Hohenzollern em 1618 e elevado a Reino da Prússia em 1701. A cidade passou a capital do Distrito de Marienwerder. Após a primeira Divisão da Polónia, Marienwerder foi a sede administrativa da nova província Prussiana da Prússia Ocidental. A cidade e o distrito foram incluídos na região administrativa de Marienwerder depois das Guerras Napoleónicas.
Após 1871, quando Marienwerder foi incluída no recém-criado Império Alemão, a “Kulturkampf”, um movimento anticlerical Alemão do século XIX, agravou as tensões existentes entre a população germânica e a polaca da Prússia Oriental. Em 1885, Marienwerder possuía 8.079 habitantes, na sua maioria Luteranos, muitos dos quais ligados a negócios da produção de açúcar, vinagre e maquinaria. Outros negócios estavam a progredir, como a pecuária leiteira e a fruticultura.
Depois da Grande Guerra, o Tratado de Versalhes transferiu a maior parte da Prússia Ocidental para a Segunda República da Polónia. O tratado permitiu que se realizasse um Plebiscito na Prússia Oriental, em algumas áreas como Allenstein e Marienwerder, para determinar se as populações decidiam permanecer na Alemanha, como parte da Prússia Oriental, ou preferiam passar a fazer parte da Polónia. Os habitantes de Marienwerder votaram favoravelmente na permanência na Prússia Oriental, logo na Alemanha. O plebiscito decorreu em 11 de Julho de 1920.
Durante a República de Weimar construiu-se uma escola Polaca do ensino secundário na cidade. A 25 de Agosto de 1939, os alunos da escola foram deportados para campos de concentração Nazis.
Em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, Marienwerder foi saqueada pelo Exército Vermelho Soviético. O Exército Vermelho construiu um hospital militar na cidade. O centro da cidade foi queimado pelos soldados soviéticos. No pós-guerra, na Conferência de Potsdam (1945), Marienwerder foi colocada sob a administração Polaca. Desde então permanece como parte integrante da Polónia.
As zonas queimadas do velho centro da cidade foram desmanteladas para fornecer material para a reconstrução de Varsóvia, depois da sua destruição durante a Insurreição de Varsóvia.
CASTELO DE MARIENWERDER
Marienwerder Burg, (em português: Castelo de Marienwerder), foi um castelo da Ordem Teutónica na antiga cidade da Prússia Ocidental, Marienwerder, hoje Kwidzyn. Serviu como castelo, catedral e residência do Bispo.
Em 1234, Marienwerder foi conquistada pela Ordem Teutónica.
O castelo serviu de casa capitular pelos pomeranianos, que o construíram no início do século XIV. O Rei Władysław II Jagiełło assumiu o controlo do castelo, enquanto comandava as batalhas contra os Cavaleiros Teutónicos em 1410. A Segunda Paz de Toruń cedeu o castelo aos Cavaleiros Teutónicos.
A torre “Dansker”, sanitário, pertencente a um castelo, que fica numa torre sobre um rio ou córrego, está ligada ao castelo por uma ponte e possui um passadiço coberto ou vedado. O “Dansker” é frequentemente encontrado nos castelos construídos por ordens militares alemãs, em cruzadas, durante a Idade Média, uma característica arquitectónica dos séculos XIII e XIV.
A torre sineira do castelo, com 54 metros de altura, também servia de fortaleza e permitia a observação sobre as águas do rio. Uma segunda torre permitia avistar, directamente, a encosta da montanha.
Após a Reforma, o castelo serviu como sede dos bispos protestantes da Pomerânia. Após a Grande Guerra o complexo do castelo pertenceu à Prússia Oriental e, após a Segunda Guerra Mundial, à Polónia.