Erich Friedrich Wilhelm Ludendorff foi um General do exército imperial alemão, que ganhou destaque pela sua liderança durante a Grande Guerra.
Após as vitórias nas batalhas de Liège e Tannenberg, em 1916, foi nomeado como Chefe do Estado-Maior alemão (Erster Generalquartiermeister), juntamente com o General Paul von Hindenburg, fazendo deles os principais líderes da Alemanha durante a segunda metade da Grande Guerra.
Após o fracasso da Ofensiva de Primavera, em 1918, concebida por Ludendorff para tentar evitar a derrota na guerra da Alemanha, acabou por cair em desgraça aos olhos dos líderes políticos e militares alemães.
Quando os Aliados lançaram um grande contra-ataque, o colapso das forças alemãs na Frente Ocidental forçou Ludendorff a renunciar à sua posição de líder do exército alemão, em Outubro de 1918. No mês seguinte a Alemanha rendeu-se.
Após a guerra, Ludendorff tornou-se um proeminente líder nacionalista e defensor da teoria da “punhalada pelas costas”, colocando a culpa da derrota alemã, durante a Grande Guerra, nos políticos pacifistas, nos marxistas, nos bolcheviques e nos judeus, acusando-os de traírem o exército alemão e assinado o humilhante Tratado de Versalhes.
Tomou parte de duas tentativas de golpe de estado, o “Kapp-Putsch”, com Wolfgang Kapp em 1920, e o “HitlerPutsch” de Adolf Hitler em 1923.
Em 1925 concorreu para o cargo de Presidente da Alemanha contra o seu antigo camarada e superior, o Marechal Paul von Hindenburg, mas não conseguiu ser eleito, tendo fracassado por uma enorme margem de votos.
De 1924 a 1928 representou, no Reichstag, o partido de extrema-direita (DVFP), “Partido Alemão Völkisch da Liberdade”.
Ainda obcecado com a sua linha de pensamento militarista que desenvolveu durante a Grande Guerra, Ludendorff escreveu um livro em 1935, “Der totale Krieg” (A Guerra Total). Nesse trabalho defendeu que as forças físicas e morais da Nação deveriam ser mobilizadas porque a paz era apenas “um intervalo” entre guerras.
No começo da década de 1930, a amizade entre ele e Hitler já não existia, chegando mesmo a afirmar que o líder nazi “já não tinha condições de governar” o país.
Erich Ludendorff morreu de cancro em 1937.