
Gustav Johannes Simon
Gustav Johannes Simon foi o Gauleiter (líder provincial) da NSDAP (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei) do Gau Moselland (uma divisão administrativa da Alemanha Nazi de 1933 a 1945 na província do Reno da Prússia), de 1940 a 1944, como chefe da administração civil (CdZ) no Luxemburgo, que foi ocupado pelo Reich Nacional-Socialista Alemão durante a Segunda Guerra Mundial.
Já em 1923, Simon era membro de um “grupo universitário völkisch” em Frankfurt. Em 14 de Agosto de 1925 ingressou no NSDAP. Simon foi um dos “velhos lutadores” que mais tarde foram condecorados com o “Crachá Dourado do Partido Nazi”.
Em 1 de Junho de 1931, Adolf Hitler nomeou-o Gauleiter do recém-criado distrito de Koblenz-Trier. Em contraste com quase todos os Gauleiter, Simon não era membro das Sturmabteilung (SA) nem das Schutzstaffel (SS). No entanto, desde Janeiro de 1939 foi Obergruppenführer (patente de paramilitares do Partido Nazi) do NSKK (Nationalsozialistische Kraftfahrkorps – Corpo de Transporte Automóvel Nacional Socialista). Foi membro da Academia de Direito Alemão de 1933 a 1944.
Após o início da Segunda Guerra Mundial, Simon foi, inicialmente, o representante do Comissário de Defesa do Reich, de Setembro de 1939 e de Novembro de 1942, até ao final da guerra foi Comissário de Defesa do Reich para o Gau Moselland e ocupou este cargo até ao final do guerra.
Após a agressão alemã em 10 de Maio de 1940, o Grão-Ducado de Luxemburgo caiu, pela primeira vez, sob a administração do Comandante Militar Alemão da Bélgica e do Norte da França em Bruxelas, ou seja, o General Alexander von Falkenhausen. Sob este comandante, Gustav Simon assumiu a administração civil do Luxemburgo em 25 de Julho de 1940. O regime de ocupação terminou em 2 de Agosto de 1940, quando Simon foi nomeado “Chef der Zivilverwaltung” (chefe da Administração Civil) (CdZ) por decreto do Führer (Führererlass). O seu representante nesta função foi o presidente distrital (Regierungspräsident) de Trier, Heinrich Siekmeier. A sua missão era dar ao Grão-Ducado de Luxemburgo – agora CdZ-Gebiet Luxemburg – estruturas administrativas alemãs, e torná-lo parte integrante do Grande Reich alemão.
Quando a guerra acabou, Simon escondeu-se e passou a usar o apelido da sua mãe, em solteira, em Upsprunge, uma comunidade em Salzkotten, Westphalia, onde ele passou a trabalhar como jardineiro. Em 10 de Dezembro de 1945, Simon foi preso pelo Capitão Hanns Alexander e os soldados locais levaram-no para uma prisão do Exército Britânico em Paderborn.
Simon seria julgado no Luxemburgo, mas a sua morte em 18 de Dezembro de 1945 impediu o julgamento planeado. Como resultado, vários rumores surgiram sobre o lugar exacto e as circunstâncias da morte. Segundo a versão oficial, Simon enforcou-se na prisão para evitar a extradição para o Luxemburgo. De acordo com outra versão, Simon morreu no Luxemburgo. Depois da administração da ocupação britânica concordar com a sua extradição, dois luxemburgueses levaram-no de carro de Paderborn para Luxemburgo (cidade) para responder a um processo judicial. Durante a viagem, Simon terá provocado um incidente perto de Waldhof (Waldhaff), local onde terá sido morto.