Leopold Wilhelm Ludwig Hermann Wissmann foi um explorador Alemão, oficial e administrador colonial. Trabalhou como explorador em África em nome do Rei Belga, entre 1883 e 1885, e atravessou a África desde o Congo até ao estuário do Rio Zambeze.
Nascido em Frankfurt an der Oder, uma cidade independente de Brandemburgo, na Alemanha, Wissmann alistou-se no Exército em 1870 e foi promovido a Tenente quatro anos depois. Prestou serviço no “Füsilierregiment” (Regimento de Fuzileiros) Nº 90 de Mecklemburgo, aquartelado em Rostock. Durante este tempo teve que cumprir uma pena de prisão de quatro meses por ter ferido um adversário num duelo. Um encontro casual em 1879 com o explorador Dr. Paul Pogge mudou a sua vida.
Concedida uma licença do exército, em 1880, Wissmann acompanhou o explorador Paul Pogge numa jornada através da Bacia do Congo. No Leste do Congo, Pogge e Wissmann separaram-se. Pogge ficou para construir uma estação de pesquisa agrícola para um chefe Congolês, enquanto Wissmann seguiu pelo Oceano Índico até à actual Tanzânia.
Mais tarde Wissmann prestou serviço para o Rei Leopoldo II da Bélgica que, na altura, estava no processo de concepção do seu império africano pessoal, conhecido como o Estado Livre do Congo.
Em Março de 1883, Wissmann deu o nome “Zappo Zap” a um líder Songye conhecido como Nsapu Nsapu que governou a cidade de Mpengie, parte do reino de Ben’Eki na região de Kasai Oriental. Era um povoado com mais de um milhar de habitantes, muitos deles escravos guerreiros, localizado a Leste do Rio Sankuru entre Kabinda e Lusambo. Os indígenas Zappo Zap eram aliados e auxiliares das autoridades do Estado Livre do Congo. Em 1899 os Zappo Zap foram enviados pela administração colonial para cobrar impostos. Massacraram muitos aldeões, causando indignação internacional.
Quando, em 1888, a Companhia Alemã na África Oriental tentou dominar, entrou em colapso face à resistência africana, sendo obrigada a pedir ajuda a Otto von Bismarck que, no início, recusou. Em 1889, Wissmann foi promovido a Capitão e nomeado “Reichskommissar” (Comissário Imperial) para a região da África Oriental Alemã, ficando incumbido da supressão da revolta liderada por Abushiri ibn Salim al-Harthi. A Wissmann só lhe foi dada uma ordem: “Vitória”.
No caminho até à África Oriental, Wissmann contratou uma força mercenária de soldados Sudaneses, na sua maioria de unidades dissolvidas do exército Anglo-Egípcio a quem, mais tarde, se juntou um grupo de Zulus da África do Sul, todos comandados por oficiais Alemães. As forças Alemãs, juntamente com a assistência da Marinha Britânica, fortificaram Bagamoyo, Dar es Salaam e retomaram Tanga e Pangani.
As forças de Wissmann tinham um poder de fogo superior e retomaram o resto da Faixa Costeira. Fortificaram a guarnição interior de Mpwapwa e reabriram a principal rota das caravanas. Logo depois, Abushiri foi preso e executado em Pangani, a 16 de Dezembro de 1889. Em Janeiro de 1890, Wissmann emitiu um perdão geral para os rebeldes remanescentes.
Foi promovido a Major em 1890 e recebido heroicamente no seu retorno à Alemanha. Em 1891 foi nomeado Comissário para a região Ocidental da África Oriental Alemã e governador em 1895. Problemas de saúde forçaram-no a voltar para a Alemanha em 1896 onde escreveu vários livros e deu palestras por toda a Alemanha.
Wissmann morreu num acidente de caça em Weissbach, perto de Liezen, na Estíria, a 15 de Junho de 1905.