Johann Georg I (Kurfürst von Sachsen), (em português: João Jorge I), Eleitor da Saxónia de 1611 a 1656, foi um príncipe da Casa de Wettin (linha Albertine). Johann Georg I foi eleitor da Saxónia e Erzmarschall (Marechal do Reich) do Sacro Império Romano. Era o segundo filho do eleitor Christian I e sucedeu a seu irmão sem filhos, Christian II, na governação.
O início do reinado de Johann George I coincidiu com a intensificação das tensões entre protestantes e católicos no império e, como soberano do mais poderoso território protestante, estaria predestinado a liderar os estados imperiais evangélicos. O Wettiner e o seu governo, no entanto, mantiveram a tradicional política de equalização da Saxónia, que visava manter a paz religiosa de Augsburg. Esse caminho foi praticamente traçado porque as forças governantes na Saxónia luterana rejeitaram categoricamente uma conexão mais estreita com os calvinistas sob a liderança de Frederico V do Palatinado. O império dos Habsburgs católicos reconheceu Johann Georg sem concessões.
Em 1619 o eleitor também recusou o pedido feito pela coroa da Boémia, feito pelo líder das propriedades protestantes moderadas na Boémia, Joachim Andreas von Schlick, que enfrentava o Habsburg Fernando II. Após a morte do imperador Matthias (Março de 1619), como vigário imperial, decidiu apoiar a eleição de Fernando II como imperador romano. Johann Georg aliou-se a Fernando e lutou contra os partidários do rei calvinista da Boémia, Friedrich V, do Palatinado, na Lusácia e na Silésia. A guerra contra os países vizinhos da Boémia foi formalmente atribuída a Johann Georg pelo imperador como sendo uma acto do império.
Embora Johann Georg I avaliasse a Contra-Reforma que começou após a Batalha da Montanha Branca na Boémia e mais tarde também na Silésia como uma quebra dos seus acordos com o imperador, ele não se opôs abertamente ao imperador. No entanto, permaneceu numa atitude de neutralidade durante os anos seguintes da Guerra dos Trinta Anos. Comportou-se de forma semelhante com o Eleitor de Brandemburgo, Georg Wilhelm, mas com uma posição mais forte e, portanto, com mais sucesso. Johann Georg salvou o seu território do caos e das atrocidades da guerra.
Após a destruição de Magdeburg em Maio de 1631, Johann Georg, pressionado pela opinião pública, não foi mais capaz de manter o seu comportamento, especialmente porque o General imperial Tilly, logo após ter destruído Magdeburg, contra a vontade expressa do imperador e da Baviera, invadiu a Saxónia e ocupou Merseburg e Leipzig. Este facto levou Johann Georg a concluir uma aliança com o rei Gustav Adolf da Suécia a 11 de Setembro de 1631. O recém-estabelecido exército saxão uniu-se ao exército sueco perto de Bad Düben e obtiveram uma grande vitória na Batalha de Breitenfeld, que foi vencida principalmente pelo exército sueco porque as inexperientes tropas saxãs, com o eleitor Johann Georg ao leme, e sem qualquer preparação militar, não resistiram muito tempo e debandaram.
Ainda permitindo que suas tropas lutassem de forma desconexa contra os imperialistas, Johann Georg I negociou, novamente, a paz e, em Maio de 1635, concluiu o importante tratado de Praga com Fernando II. A sua recompensa foi a região da Lusatia e algumas outras adições de território. Quase imediatamente declarou guerra aos suecos, mas em Outubro de 1636 foi derrotado em Wittstock. Por fim, em Setembro de 1645, o eleitor foi compelido a concordar com uma trégua com os suecos, que, entretanto, mantiveram Leipzig. Quanto à Saxónia, este facto encerrou a Guerra dos Trinta Anos. Johann Georg I morreu em 8 de Outubro de 1656, após a Paz de Vestfália.