Mao Tsé-Tung foi um líder comunista, ditador e revolucionário chinês. Participou da fundação do Partido Comunista Chinês, em 1921, em Xangai, com base no modelo soviético. Em 1931, proclamou a República Soviética da China. Liderou o Exército Popular de Libertação e, em 1949, proclamou a República Popular da China. Governou a China com mão de ferro até à sua morte, em 1976.
A China, que ao longo do século XIX foi explorada pelas potências imperialistas vivia um caos político e económico. Em 1912, foi proclamada a República, que quase nada pôde fazer diante das potências que ocupavam o país.
Em 1921, era fundado, com a participação de Mao Tsé-Tung, o Partido Comunista Chinês (PCC) que se aliou ao Partido Nacionalista (Kuomintang) liderado por Sun Yat-sen. Em 1925, com a morte de Sun, assumiu o comando Chiang Kai-shek, que rompeu com os comunistas e empreendeu violenta repressão contra o partido.
Em 1926, Mao Tsé-Tung une-se aos militares revolucionários e ao seu Exército Vermelho, chefiados pelo general Chu Teh. Juntos retiram-se para Kiangsi, no interior do país, com o objectivo de organizar as suas bases de apoio. Em 1931, ao lado de Chu Teh e Chou Em-Lai, Mao Tsé-Tung proclama a República Socialista da China. No entanto, em 1934, os nacionalistas organizam uma grande campanha militar para esmagar os comunistas. Fugindo das tropas do governo, cerca de 100 mil homens, “o Exército Popular de Libertação”, liderado por Mao, percorre dez mil quilómetros a pé, na chamada “Longa Marcha”, que contornou uma série de obstáculos, defendendo-se dos ataques de Chiang. Em 1935, os 30 mil sobreviventes chegaram à Shensi e Mao Tsé-Tung passou a ser o líder dos vermelhos.
Diante do insistente avanço japonês, Mao Tsé-Tung propôs a organização de uma nova frente única, Nacionalistas e PCC, o que levou a um acordo, concluído em 1937, que deu ao PCC o controlo de parte do exército chinês. Porém, depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a guerra civil foi retomada, com a vitória progressiva dos comunistas. No dia 1 de Outubro de 1949 foi proclamada a República Popular da China.
Após uma etapa inicial de organização administrativa e de reconstrução começaram as reformas estruturais para a socialização integral. Na fase de transição (1949-1953), o regime foi misto, continuaram formas capitalistas, paralelamente à socialização progressiva. Em 1954, com a criação do Congresso Nacional do Povo, Mao Tsé-Tung torna-se presidente da China.
Mao Tsé-Tung organiza o 1º Plano Quinquenal, seguindo o modelo soviético, procurando estimular a industrialização e acelerar a coletivização da agricultura mediante a multiplicação de cooperativas agrícolas. Mao, considerou insatisfatórios os resultados obtidos. Em 1958, inicia o 2º Plano Quinquenal, que chamou de “Grande Salto para Frente”, que também não deu os resultados previstos. Como reflexo das falhas do “Grande Salto”, em 1959, Mao Tsé-Tung retirou-se da presidência da República, mantendo-se na presidência do partido. Assume a chefia do estado, o presidente Liu Shao-chi, que passou a orientar a economia chinesa.
Mao Tsé-Tung jamais renunciou a “política dos grandes saltos à frente”. Em 1966, inicia a Grande Revolução Cultural Proletária, mais conhecida como Revolução Cultural Chinesa, empreendida com o apoio da sua esposa Jiang Qing.
Esta Revolução representava uma tentativa de imposição dos seus ideais aos seus adversários, no interior do partido, que desejavam uma linha política mais moderada. Acusado de traição, o presidente Lau Shao-chi é destituído e preso.
Com o apoio dos Guardas Vermelhos, recrutados entre estudantes e camponeses, empreendeu a reeducação doutrinária tanto das massas quanto das instituições. Para eles, Mao era o “Grande Timoneiro”. Muitos dos considerados inaptos à nova ordem foram presos e humilhados, e vários acabaram mortos. Qualquer oposição era eliminada. Em 1969, Mao Tsé-Tung voltou à Presidência, desempenhada até à sua morte, em Pequim, no dia 9 de Setembro de 1976.