Noite das Facas Longas (30 de Junho de 1934)

Noite das Facas Longas (30 de Junho de 1934)

 

Adolf Hitler e Ernst Röhm

Nacht der langen Messer, (em português: Noite das Facas Longas ou Noite dos Longos Punhais), foi um assassinato que aconteceu na Alemanha Nazi, na noite do dia 30 de Junho de 1934, quando a facção de Adolf Hitler realizou uma série de execuções políticas extra-judiciais.

Os maiores alvos foram membros da facção Strasserista (vertente do Nazismo que reivindicava um movimento das massas mais radical) do partido, incluindo o seu líder, Gregor Strasser. Entre as vítimas também estavam proeminentes conservadores anti-nazis como o ex-chanceler Kurt von Schleicher e Gustav Ritter von Kahr, que tinha evitado o “Hitlerputsch”, (Revolta da Cervejaria), a tentativa de golpe de estado de Hitler em 1923.

Muitos daqueles que foram mortos pertenciam às lideranças da Sturmabteilung (SA), uma das organizações paramilitares do partido chamada de “camisas-castanhas” cujo líder era Ernst Röhm.

Adolf Hitler sentiu-se ameaçado pelo líder da SA, Ernst Röhm, pois temia a independência daquela facção, que já contava com três milhões de integrantes.

Para além disso, Hitler estava desconfortável com o apoio declarado de Röhm à ideia de uma “segunda revolução alemã” para redistribuição da riqueza pela sociedade alemã. Hitler também queria conciliar-se com os líderes da Reichswehr (o exército oficial alemão), cuja cúpula temia e desprezava as Sturmabteilung (SA) devido à ambição particular de Röhm em absorver o Exército (Reichswehr) no seu comando.

Sob diversos aspectos, os interesses de Röhm chocavam-se com os da ‘Reichswehr’, cujos oficiais, em especial o Marechal Paul von Hindenburg, presidente da nação à época, não simpatizavam com a figura de Röhm, a quem acusavam de ser homossexual, viciado, e com aspirações de derrubar o regime nazi, estando mesmo a instigar uma revolta do povo alemão com vista a forçar a queda de Adolf Hitler.

Assim, Hitler, então chanceler da Alemanha, decidiu não entrar em choque com o poder dos militares e, ao invés, mandou executar um assassinato em massa dos líderes das Sturmabteilung (SA), assim como de todos os seus maiores inimigos políticos.

Pelo menos 85 pessoas morreram durante o evento e milhares de opositores políticos foram presos. A maioria das mortes foi causada pela Schutzstaffel (SS), um grupo de elite afecto ao partido nazi e leais ao Führer (Adolf Hitler), e pela Gestapo (Geheime Staatspolizei), a polícia secreta alemã.

Com este acto ficou consolidado o apoio do exército alemão a Hitler.

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