Thorn, (em Polaco: Toruń), é uma cidade às margens do Rio Vístula, no centro-norte da Polónia, elevada a Património Mundial da UNESCO.
A sua população era de 196.935 em Dezembro de 2021. Anteriormente, foi a capital da voivodia de Toruń (1975–1998) e da voivodia da Pomerânia (1921–1945).
Desde 1999, Toruń é sede do governo local da voivodia da Cujávia-Pomerânia e é uma das suas duas capitais, juntamente com Bydgoszcz.
As cidades e condados vizinhos formam a área metropolitana da cidade gémea Bydgoszcz-Toruń.
Toruń é uma das cidades mais antigas da Polónia tendo sido edificada durante o século VIII. Em 1233 foi expandida pelos Cavaleiros Teutónicos.
Durante séculos foi o lar de pessoas de diversas origens e religiões. De 1264 a 1411, Toruń fez parte da Liga Hanseática e no século XVII foi um importante ponto comercial, o que alterou muito a arquitectura da cidade, variando do gótico de tijolos ao maneirista e barroco.
No início do período moderno, Toruń era uma cidade real da Polónia e uma das quatro maiores cidades polacas.
Com as divisões da Polónia no final do século XVIII, tornou-se parte da Prússia, depois do breve Ducado de Varsóvia, servindo como capital polaca temporária em 1809, depois novamente da Prússia, do Império Alemão e, após a Grande Guerra (1914-18), da renascida República Polaca.
Ao longo da história, a cidade foi o lar de personalidades notáveis, estudiosos e estadistas. Em 1473, nasceu Nicolau Copérnico e, em 1501, o rei polaco Jan I Olbracht morreu em Toruń, tendo o seu coração sido enterrado dentro da Catedral de São João.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Toruń foi poupada aos bombardeamentos e destruição. A Cidade Velha e o icónico mercado central foram totalmente preservados. Durante a ocupação, a Alemanha estabeleceu e operou o campo de prisioneiros de guerra Stalag XX-A na cidade com vários sub-campos de trabalhos forçados na região, nos quais prisioneiros de guerra polacos, britânicos, franceses, australianos e soviéticos foram mantidos em cativeiro.
Toruń é conhecida pelo seu Museu do Pão de Gengibre – a tradição de assar pão de gengibre remonta a quase um milénio – bem como pela sua grande Catedral. É também conhecida pelo seu alto padrão de qualidade de vida.
Em 1997, a parte medieval da cidade foi declarada Património Mundial da UNESCO. Em 2007, a Cidade Velha de Toruń foi adicionada à lista das Sete Maravilhas da Polónia. Tem ainda o maior número de casas góticas preservadas da Polónia, muitas com pinturas góticas nas paredes e/ou tectos e com vigas de madeira datadas dos séculos XVI a XVIII.
PAÇO MUNICIPAL DE TORUŃ
O Altstadtrathaus in Thorn, (em Português: O Paço Municipal de Toruń), na Polónia, é o principal edifício da cidade antiga, gótica e secular de Toruń. O edifício é um dos melhores exemplos da arquitectura urbana medieval da Europa Central. Após a Segunda Guerra Mundial foi inaugurado um Museu naquele local, que continua a funcionar até aos nossos dias.
No final do século XIV, a cidade recebeu por parte da Ordem dos Cavaleiros Teutónicos, na pessoa do seu Grão-Mestre, um privilégio para a construção de um edifício público, o “Paço Municipal”. O edifício original evoluiu gradualmente nos séculos XIII e XIV como local de transacções comerciais.
O Paço Municipal deve maioritariamente a sua forma actual a um amplo projecto de desenvolvimento efectuado nos anos de 1391-1399, realizado em estilo Gótico.
Nos anos 1602-1605, o Paço foi reconstruído no estilo Maneirista por iniciativa do Presidente do Município Henry Stroband, que mandou aumentar um piso ao edifício.
Em 1703, durante o cerco efectuado pelos Suecos, o salão sofreu um grave incêndio. Como resultado, o seu interior ficou todo destruído, o telhado desmoronou e o edifício permaneceu sem o mesmo até 1722. Nos anos 1722-1737 reconstruíram-se e ergueram-se novos patamares e restaurou-se o interior. No século XIX efectuaram-se algumas remodelações ao interior do edifício.
Entre 1957 e 1964 sofreu uma remodelação geral de forma a ajustar-se às necessidades do museu. Nos anos 2003-2005 realizaram-se trabalhos de restauração na torre de 23 metros, que a levaram à sua antiga glória (restauraram-se traçados pintados, o rendilhado da torre de observação e o relógio), todas as fachadas (incluindo as fachadas internas do pátio), os quatro cantos dos pináculos do telhado e a iluminação do edifício.