Segunda Batalha do Marne (de 15 de Julho a 5 de Agosto de 1918)

Segunda Batalha do Marne (de 15 de Julho a 5 de Agosto de 1918)

 

Segunda Batalha do Marne

A Segunda Batalha do Marne ou Batalha de Reims decorreu de 15 de Julho a 5 de Agosto de 1918 durante a Grande Guerra. Foi a última ofensiva importante alemã na Frente Ocidental. A ofensiva falhou quando um contra-ataque maciço dos Aliados, liderados pelas forças francesas e contando com várias centenas de tanques, com destaque para os altamente eficazes Renault FT-17, pressionou o flanco direito alemão, infligindo-lhe pesadas baixas.

As 23 divisões alemãs do Primeiro e Segundo Exércitos, liderados por Bruno von Mudra e Karl von Einem, atacou o Quarto Exército Francês sob o comando de Henri Gouraud, a Leste de Reims (na denominada Quarta batalha de Champagne). A 42ª Divisão Americana foi incorporada ao Quarto Exército francês comandado por Gouraud. Enquanto isso, 17 divisões do Sétimo Exército Alemão, sob Max von Boehn, ajudados pelo Nono Exército sob comando de Eben, atacou o Sexto Exército Francês sob comando de Jean Degoutte, a Oeste de Reims, (na denominada Batalha da Montanha de Reims). Com essas manobras os alemães esperavam dividir o exército francês em dois.

Apesar do ataque alemão a Leste do Reims ter sido sustido pelos aliados logo no primeiro dia, o ataque a Oeste decorreu favoravelmente aos alemães que, ao anoitecer, já tinham capturado várias cabeças-de-pontes ao redor da cidade de Dormans, avançando profundamente no território Aliado, mesmo sob intenso bombardeamento de aviões franceses.

No entanto, o XXII Corpo do exército britânico e 85 mil americanos juntaram-se aos franceses tendo conseguido parar o avanço inimigo, a 17 de Julho. Agora, em vantagem, os Aliados não tardaram em contra-atacar.

 
Contra-ofensiva aliada

O fracasso alemão, ao não conseguir quebrar as linhas aliadas, deu a Ferdinand Foch, o Comandante Aliado Supremo, a vantagem para poder lançar um contra-ataque decisivo em 18 de Julho. Vinte e quatro divisões francesas, incluindo os “Buffalo Soldiers” da 92ª Divisão de Infantaria Americana e a 93ª Divisão de Infantaria, também dos EUA, sob comando francês, juntaram-se às forças aliadas e com eles vieram mais oito enormes divisões do exército americano e 350 tanques, que atacaram os alemães desprevenidos.

Os americanos que tinham acabado de entrar na guerra foram importantes na vitória sobre os alemães pois as suas tropas encontravam-se descansadas, devido à entrada tardia do seu país no conflito, enquanto o exército inimigo, para além da grande desvantagem numérica também se encontrava exausto.

Os alemães ordenaram uma retirada em 20 de Julho e foram forçados a recuar ainda mais até às posições que ocupavam aquando do início da ofensiva.

A Segunda Batalha do Marne foi por isso uma grande vitória e Ferdinand Foch recebeu o bastão de Marechal de França. Os aliados fizeram 29.367 prisioneiros, capturaram 793 armas e 3.000 metralhadoras. A Alemanha sofreu um total de 168.000 baixas desde o dia 15 de Julho. A frente Ocidental foi reduzida para 45 km e a vitória moral no Marne assegurou o fim das ofensivas e vitórias alemãs na guerra dando aos Aliados a vantagem necessária para dar início às operações que poriam fim à Grande Guerra.

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