Roger Casement (Político)
ROGER DAVID CASEMENT (1864-1916)
Roger David Casement foi um patriota, poeta, revolucionário e nacionalista irlandês.
Casement estudou na escola diocesana de Ballymena e, quando terminou os estudos, teve vários empregos na administração pública, incluindo missões em África. A partir de 1895 foi cônsul do Reino Unido em vários países africanos e, no Congo, foi autorizado pelo governo britânico a investigar e relatar os abusos dos direitos humanos perpetrados contra os locais.
Devido ao seu relatório recebeu a condecoração honorífica de ‘Companheiro da Ordem de São Miguel e São Jorge’ em 1905. Foi, depois, cônsul em Santos, Pará e Rio de Janeiro, no Brasil, e ainda na bacia de Putumayo, no Peru, onde novamente denunciou os abusos dos direitos humanos por empresas de extracção de borracha. O seu relatório sobre este assunto foi publicado pelo parlamento britânico e deu-lhe o reconhecimento internacional como humanista e o título de Cavaleiro (Sir).
Entretanto, Casement era membro da Liga Gaélica e, quando deixou o serviço consular, em 1911, envolveu-se na fundação dos Voluntários Irlandeses que pretendiam a separação da Irlanda do Império Britânico.
Quando a Grande Guerra estalou, em 1914, Casement pensou que a Alemanha poderia ser um aliado da Irlanda e visitou aquele país para tentar arranjar apoio em armas e oficiais para uma insurreição armada. Quando se deu a Revolta da Páscoa, em 1916, Casement foi preso, julgado por traição, condenado e executado, tendo, nessa altura, perdido a honraria de cavaleiro da Ordem de São Miguel e São Jorge.
Em 2010 o escritor peruano Mário Vargas Llosa, publica o livro ‘O Sonho do Celta’, biografia romanceada de Roger Casement.