Os Mangbetu são uma população da África Central que vive no Nordeste da República Democrática do Congo (RDC).
Dependendo das fontes e do contexto, existem várias formas do nome deste povo: Amangbetu, Guruguru, Kingbetu, Mambetto, Manbetu, Mangbétou, Mangbettu, Mangbetus, Mombettu, Mombouttou, Mombuttu, Monbattu, Monbuttoo, Monbuttu, Namangbetu, Nemangbetu, Ngbetu. O heterónimo às vezes pode designar um grande grupo de clãs – os Makere – reunindo mais de um milhão de indivíduos.
Os Mangbetu estabeleceram-se no século XVIII nas margens do Rio Bomokandi, no Nordeste da actual República Democrática do Congo, numa região coberta por densa floresta.
Os Mangbetu, em especial as cabeças alongadas das mulheres, obtidas pela deformação dos crânios das crianças desde tenra idade, fascinaram desde muito cedo exploradores e escritores.
Uma das características desse povo é o grande número de indivíduos loiros, cerca de 1/20 da população. Para estes, o cabelo é crespo, mas loiro acinzentado claro, a pele é muito clara, têm má visão e sinais marcantes de albinismo.
Falam línguas nilo-saarianas, Mangbetu (ou Kingbetu) e os seus vários dialectos (Makere, Malele, Meje, Popoi e Mangbetu propriamente dito), cujo número total de falantes foi estimado em 660.000 em 1996.
A arte Mangbetu, vista em museus e galerias de arte no ocidente, é principalmente arte da corte, exibida durante cerimónias de celebração do rei e da sua família, e não durante ritos secretos: é por isso que as máscaras estão praticamente ausentes e há poucas estátuas. Esta arte manifesta-se em muitas facetas: arquitectura, móveis, armas, ferramentas, instrumentos musicais, ornamentos e decorações corporais.