Sacro Império Romano-Germânico (Heiliges Römisches Reich Deutscher Nation) (800-888 / 896-899 / 962-1806)

Sacro Império Romano-Germânico (Heiliges Römisches Reich Deutscher Nation) (800-888 / 896-899 / 962-1806)

 

Heiliges Römisches Reich

Heiliges Römisches Reich, (em latim: Sacrum Imperium Romanum; em português: Sacro Império Romano; a partir do século XVI, Heiliges Römisches Reich Deutscher Nation; em português: Sacro Império Romano da Nação Alemã (ou Germânico)), foi um conjunto de territórios multi-étnico localizado na Europa Central que se desenvolveu durante a Alta Idade Média e continuou até à sua dissolução em 1806.

O maior território do império depois de 962 foi o Reino da Alemanha, embora também incluísse o Reino da Boémia, o Reino da Borgonha, o Reino Itálico e muitos outros territórios.

Em 25 de Dezembro de 800, o Papa Leão III coroou o rei franco Carlos Magno como imperador, revivendo o título na Europa Ocidental, mais de três séculos após a queda do Império Romano do Ocidente. O título continuou na dinastia carolíngia até 888 e, de 896 a 899, após ser contestado pelos governantes da Itália numa série de guerras civis até à morte do último requerente italiano, Berengário I, em 924.

O título voltou a ser usado em 962, quando Otão I ‘o Grande’ foi coroado imperador, reclamando-se o sucessor de Carlos Magno e dando início a uma existência contínua do império durante mais de 800 anos. Alguns historiadores referem-se à coroação de Carlos Magno como a origem do império em si, enquanto outros preferem a coroação de Otão I como seu início.

O termo exacto “Sacro Império Romano” não foi usado até ao século XIII, mas o conceito de “translatio imperii” (conceito criado na Europa medieval para descrever a história como um fenómeno linear: uma sucessão de transferências de poder de um governante supremo (imperador) para o seguinte), ou seja, a noção de que se exercia o poder supremo herdado dos imperadores romanos, acto fundamental para o prestígio do Imperador Romano-Germânico.

O cargo de sacro imperador romano era tradicionalmente electivo, embora frequentemente controlado por dinastias. Os príncipes-eleitores alemães, os nobres mais altos do império, geralmente elegiam um dos seus pares como “Rei dos Romanos” e, mais tarde, ele seria coroado como “Imperador” pelo Papa.

O império nunca alcançou a extensão da unificação política formada na França, evoluindo, em vez disso, para uma monarquia electiva descentralizada e limitada, composta por centenas de subunidades: principados, ducados, condados, cidades imperiais livres e outros domínios. O poder do Imperador era limitado e, apesar dos vários príncipes, senhores, bispos e cidades do império serem vassalos que deviam a obediência ao Imperador, estes possuíam também uma extensão de privilégios que lhes conferiam independência de facto nos seus territórios.

O imperador Francisco II (Francisco I da Áustria) terminou o Império em 6 de Agosto de 1806, após a criação da Confederação do Reno por Napoleão Bonaparte.

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