Friedrich Ebert (1871–1925) – foi um político alemão do Partido Social-Democrata da Alemanha – Sozialdemokratische Partei Deutschlands (SPD).
Envolveu-se na política como sindicalista e social-democrata, e cedo se tornou num líder da ala moderada do Partido Social Democrata, tendo sido Secretário-Geral em 1905 e Presidente em 1913.
Em 1912 foi eleito como membro do Reichstag, Parlamento Alemão, pelo círculo eleitoral de Elberfeld-Barmen (actualmente fazendo parte de Wuppertal).
Em Agosto de 1914, Ebert levou o partido a votar, quase por unanimidade, em favor de empréstimos de guerra, argumentando que era necessária uma medida patriótica de defesa, principalmente contra o regime autocrático do Czar da Rússia.
Quando Ebert foi eleito como líder do SPD, após a morte de August Bebel, os membros do partido estavam profundamente divididos por causa do apoio do partido à Grande Guerra.
A posição do partido, sob a liderança de Ebert e de outros moderados como Philipp Scheidemann, a favor da guerra, tendo como objectivo uma paz de compromisso, levou, no início de 1917, a uma cisão do partido, tendo os elementos mais radicais, contra a guerra, abandonado o SPD para formarem o USPD (Partido Social-Democrata Independente da Alemanha – Unabhängige Sozialdemokratische Partei Deutschlands).
Por razões semelhantes, vários membros politicamente mais à esquerda, já se tinham distanciado do partido em 1916. Mais tarde, apelidar-se-iam de “Espartaquistas”.
Ebert, durante o decorrer da Grande Guerra, apoiou a “Burgfrieden”, uma trégua política entre o SPD em conjunto outros partidos políticos menores e o governo Alemão, ao mesmo tempo que tentou isolar os opositores dentro do seu partido.
Após o final da guerra e com o fim da monarquia, em 1919, foi eleito Presidente da Alemanha, o primeiro da história, tendo ocupado o cargo até à data da sua morte em Fevereiro de 1925.
Nos últimos meses do Império Alemão e ainda antes de ser eleito presidente, tornou-se Chanceler da Alemanha.
Após ter sido anunciado como novo presidente, o governo interveio juntamente com o exército e os “Freikorps” da ala direita, contra a ala esquerda e os revoltosos, resultando na morte de vários políticos de esquerda e o fim da parceria do SPD na governação com o Partido Democrático Independente da Alemanha (USPD).
Depois disso, alterou a sua política para uma política de equilíbrio entre a esquerda e a direita, entre os trabalhadores e as empresas. Para o conseguir, teve que adoptar uma política de frágeis coligações.
Como resultado, surgiram alguns problemas.
Sofreu ataques maldosos dos adversários de direita, incluindo a difamação e o ridículo, ataques esses que foram muitas vezes tolerados ou mesmo apoiados pelo Poder Judiciário, quando o presidente recorreu aos tribunais.
A necessidade constante de se defender contra os ataques também se reflectiu na sua saúde.
Ebert faleceu a 28 de Fevereiro de 1925, com 54 anos, morte ocorrida no seu escritório enquanto trabalhava.
A sua morte, que levou o monarca Paul von Hindenburg, seu simpatizante, a Presidente, foi vista como uma importante perca para a República de Weimar, a qual terminou pouco tempo depois.
FUNDAÇÃO FRIEDRICH EBERT
A Fundação Friedrich Ebert (Friedrich Ebert Stiftung) é uma fundação política alemã associada ao Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) e a organização mais antiga do país.
A política de compensação de Ebert na República de Weimar é vista como um arquétipo importante no SPD. Hoje, é a maior e a mais antiga fundação da Alemanha, promovendo, entre outras coisas, a democracia, a política educacional e os melhores alunos, pelos seus excelentes níveis intelectuais e de personalidade.
Fundada em 1925 como legado político de Friedrich Ebert, primeiro presidente alemão democraticamente eleito, é a maior e mais antiga das fundações associativistas alemãs. Proibida em 1933 pelos nazis e refundada em 1947, a Friedrich Ebert Stiftung persegue até hoje esses objectivos por meio de múltiplas actividades.
Presentemente, a fundação está sediada em Bona e Berlim, tendo escritórios e projectos em mais de 100 países, incluindo Portugal.
A COLECÇÃO DE SELOS E POSTAIS “FRIEDRICH EBERT”
A Colecção de Selos e Postais “Friedrich Ebert” é constituída por diversas séries de Selos e Postais ilustrados, emitidos entre 1928 e 1933, que têm como figura principal o antigo presidente alemão (Reichspräsidenten).
É composta por quatro (4) Séries de Selos com o tema “Presidentes Alemães” em que Friedrich Ebert partilha a série com Paul von Hindenburg, e por dezassete (17) Séries diferentes de Postais, sendo sete (7) delas ilustradas com desenhos de diversas cidades, monumentos ou locais de referência alemães à época.
Nas restantes dez (10) séries os motivos são diversos e o número de postais mais reduzido.
As séries de Postais que constituem esta colecção são:
1928 – P181 – 1 postal; 1928 – P183 – 1 postal; 1928 – P185 – 10 postais; 1929 – P187 – 1 postal; 1929 – P188 – 10 postais; 1930 – P189 – 61 postais; 1931 – P190 – 1 postal; 1931 – P191 – 36 postais; 1931 – P192 – 35 postais; 1931 – P193 – 1 postal; 1931 – P195 – 1 postal; 1931 – P197 – 1 postal; 1932 – P199 – 1 postal; 1932 – P200 – 1 postal; 1932 – P201 – 9 postais; 1932/33 – P202 – 81 postais; 1933 – P203 – 1 postal.
As Séries de Selos são:
1928 – Selos – 13 selos (7 Eberts); 1930 – Selos – 3 Selos (2 Eberts); Selos – 2 Selos (1 Ebert); 1932 – Selos – 2 Selos (1 Ebert).
Existem ainda muitos outros postais, de publicação privada (Privatpostkarten), cuja figura deste antigo presidente alemão é o principal motivo. Encontram-se distribuídos pelas séries PP93 a PP95, onde a sua figura é partilhada conjuntamente com uma águia-real estilizada (Steinadler), e pelas séries PP106 a PP115, a solo.