Adolphus Frederick VI (1882-1918), Grão-Duque de Mecklenburg-Strelitz

Adolphus Frederick VI (1882-1918), Grão-Duque de Mecklenburg-Strelitz

 

Adolphus Frederick George Ernest Albert Edward

Adolphus Frederick George Ernest Albert Edward (Adolphus Frederick VI), (em português: Adolfo Frederico VI), foi o último duque soberano do estado de Mecklemburgo-Strelitz entre 1914 e 1918.

Adolfo Frederico nasceu em Neustrelitz sendo a terceira criança, e primeiro filho, do então duque hereditário Adolfo Frederico V de Mecklemburgo-Strelitz e da sua esposa, a princesa Isabel de Anhalt. Frequentou a escola secundária de Dresden e depois estudou jurisprudência na Universidade de Munique, enquanto prestava serviço no exército. Tornou-se herdeiro aparente com o título de duque hereditário de Mecklemburgo-Strelitz, após a morte do seu avô Frederico Guilherme, no dia 30 de Maio de 1904.

Diz-se que Adolfo Frederico e o seu irmão mais novo, o duque Carlos, tinham um entendimento entre si no qual Adolfo dedicaria a sua vida à pintura enquanto Carlos cumpriria a função de se casar e dar continuidade à dinastia. No final isto acabou por não ser possível, uma vez que Carlos foi morto num duelo com o seu cunhado, o conde George Jametel, em 1908.

Sucedeu como grão-duque após a morte do seu pai no dia 11 de Junho de 1914, poucos meses antes do início da Grande Guerra. Na altura acreditava-se que Adolfo Frederico se tinha casado morganaticamente e que várias pessoas o pressionaram para se divorciar e contrair um casamento dinástico, situação que terá recusado. Desde 1908 até à sua morte, dez anos depois, a sua amante foi a soprano Mafalda Salvatini com quem teve dois filhos: Horst Gérard e o estilista Rolf Gérard.

No dia 23 de Fevereiro de 1918, em Neustrelitz, Adolfo Frederico suicidou-se, o que deixou o Ducado de Mecklemburgo-Strelitz com uma crise de sucessão, visto que o único descendente sobrevivente da linha de Strelitz, o duque Carlos Miguel de Mecklemburgo-Strelitz, estava a prestar serviço militar na Rússia e tinha dito que desejava abdicar dos seus direitos de sucessão ao ducado em 1914. Havia também um parente numa linha morganática, o sobrinho do duque Carlos Miguel, o conde Jorge de Carlow, mas como Carlos Miguel estava na Rússia, foi o grão-duque Frederico Francisco IV de Mecklemburgo-Schwerin que assumiu a regência do ducado até ao final das monarquias alemãs. Frederico Francisco IV teve a confirmação de que Carlos Miguel queria renunciar aos seus direitos de sucessão mas apenas em 1919, após a abolição das monarquias e estabelecimento do Estado Livre de Mecklemburgo-Strelitz.

No seu testamento, Adolfo Frederico deixou toda a sua fortuna, que tinha sido aumentada pelo seu avô e se estimava ser de cerca de 30 milhões de marcos, ao segundo filho de Frederico Francisco IV, o duque Cristiano Luís, com a condição de que este assumisse o papel de grão-duque de Mecklemburgo-Strelitz e passasse a viver em Neustrelitz, caso contrário a herança seria reduzida para os 3 milhões de marcos.

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