August Winnig foi um político, ensaísta e sindicalista alemão.
Desde cedo envolvido no sindicalismo e editoria, Winnig ocupou cargos públicos e foi eleito, de 1913 a 1921, como membro do Partido Social Democrata (SPD). Como Generalbevollmächtigter (Ministro Plenipotenciário) para as Províncias Bálticas em 1918, assinou o reconhecimento oficial do Governo Provisório da Letónia pelo Império Alemão (1871–1918) que encerrou a reivindicação alemã sobre a região, apesar de ser um oponente dessa renúncia. Nomeado Oberpräsident (Presidente chefe) da Prússia Oriental em 1919, pressionou a República de Weimar (1918–1933) a criar um Estado oriental autónomo no Báltico.
Após a sua participação no golpe Kapp Putsch (uma tentativa de golpe de Estado, no início da República de Weimar, em Março de 1920, e conduzida por Wolfgang Kapp e pelo general Walther von Lüttwitz, que visava a destituição do Reichpräsident, Friedrich Ebert), Winnig foi destituído dos seus cargos pelo regime e expulso do SPD. Winnig passou a envolver-se mais com o pensamento nazi e, juntamente com Ernst Niekisch, juntou-se ao Velho Partido Social-Democrata da Alemanha (ASP) para transformar as suas teorias num programa político. O fracasso da ASP nas eleições federais alemãs de 1928 levou Winnig a abandonar o seu programa revolucionário.
Inicialmente, recebeu os nazis como provedores da “salvação do Estado” do marxismo, em 1933, mas as suas convicções luteranas levaram Winnig a se opor ao Terceiro Reich (1933-1945) pelas suas tendências neopagãs. Em 1937, escreveu um best-seller chamado “Europa. Gedanken eines Deutschen” (Europa. Pensamentos de um Alemão), onde apresenta uma teoria cultural não racial da Europa, divergindo das doutrinas oficiais nazis sobre a raça, embora o seu livro seja contaminado pelo anti-semitismo.
Winnig escreveu nas suas autobiografias que passou de nazi a cristão conservador durante o regime nazi sobre a Alemanha. Morreu em Bad Nauheim em 3 de Novembro de 1956.