Biblioteca Universitária em Lovaina (Louvain, Bibliothèque Universitaire)

Louvain, (em holandês: Leuven, em português: Lovaina), é uma cidade e um município da Bélgica localizado no distrito que leva o seu mesmo nome, parte da província de Brabante Flamengo, região da Flandres. Lovaina é a capital da província do Brabante Flamengo, e a língua dos seus habitantes é maioritariamente o holandês, embora quase sempre o francês também seja conhecido. Está localizada a cerca de 30 km a leste da capital Bruxelas.

Lovaina é uma cidade universitária, sede da histórica Universidade de Lovaina (Studium generale Lovaniense, 1425-1797). A sua população é de, aproximadamente, 91.700 habitantes (2008), 30% dos quais são alunos ou professores da sua universidade. A vida em Lovaina gira em torno dessa instituição de ensino, que atrai gente de todo o país e do Mundo, que renovam sempre o aspecto da cidade. Muitos dos seus actuais moradores são ex-alunos que decidiram ficar ou voltar depois de terem concluído os seus estudos.

Há referências a Lovaina desde 891, quando o exército Viking foi derrotado por Arnulfo da Caríntia. De acordo com a lenda local, as cores da bandeira de Lovaina, vermelho-branco-vermelho, representam o cenário sangrento em que as margens do Rio Dijle ficaram.

Do século XI ao XV Lovaina foi o centro comercial do Ducado de Brabante em que se integrava. Exemplo da riqueza da cidade e dos seus comerciantes foi a construção da câmara da cidade em estilo Gótico. Embora esta tenha sido construída depois das câmaras de Antuérpia e Bruxelas, os ricos habitantes de Lovaina fizeram questão de demonstrar o seu poder económico construindo aquela que é uma das mais belas câmaras da Bélgica.

No século XV, mais precisamente 1425, início da época dourada, foi fundada a Universidade Católica de Lovaina, a mais antiga dos países baixos e uma das mais antigas da Europa.

Nessa mesma universidade estudou e leccionou Damião de Góis por volta de 1540. Ele envolveu-se pessoalmente na luta pela defesa da cidade contra as tropas de Carlos I de Espanha aquando da sua invasão da Flandres e acabou capturado.

No século XVIII a indústria cervejeira floresceu, e ainda hoje a “Anheuser-Busch InBev”, uma das maiores cervejeiras do Mundo que detém, entre outras, a “Stella Artois” e a “Brahma”, tem aí localizada a sua sede. No século XX a cidade foi fortemente danificada em ambas as Guerras Mundiais.

BIBLIOTECA DA UNIVERSIDADE DE LOVAINA

'Louvain, Université' — **Louvain, Université**

Bibliothèque Universitaire de Louvain, (em holandês: Universiteit Leuven Bibliotheken, em português: Biblioteca Universitária de Lovaina) – A cidade de Louvain não foi apenas sede de três universidades sucessivas, mas também, através delas, de várias bibliotecas universitárias. Desde a fundação da Universidade em 1425 até 1636, não havia uma biblioteca oficial da universidade. Os alunos tiveram acesso a livros manuscritos e depois impressos mantidos nas casas dos seus professores ou em faculdades. Uma biblioteca que poderia ser chamada de central foi fundada em 1636. Um bibliotecário era responsável pela sua gestão. Entre os bibliotecários existiam muitos estudiosos como Corneille-François de Nélis, Jean-Noël Paquot ou Jean-François Van de Velde.

Esta biblioteca, com os seus vários acréscimos, foi transferida em 1797 para a Escola Central de Bruxelas, continuação oficial da antiga universidade, enquanto as suas obras e manuscritos mais preciosos foram depositados em Paris entre os tesouros nacionais da Biblioteca Nacional. É também muito provável que, por ocasião dos problemas das guerras da Revolução Francesa, muitas obras e documentos preciosos seguiram sub-repticiamente um caminho não oficial, às vezes com o alto objectivo de salvá-los do desastre, às vezes com objectivos sórdidos. Assim, em muitas bibliotecas na Europa existem livros e manuscritos claramente provenientes da antiga Universidade de Louvain.

A biblioteca da Universidade Católica de Louvain (de 1834 até hoje) foi estabelecida com a criação da Universidade Católica de Mechelen em 1834.

Esta biblioteca que foi incendiada pelos soldados alemães em 25 de Agosto de 1914, no início da Grande Guerra, de onde desapareceram as numerosas obras preciosas reunidas em 1834 através de doações e compras. Cerca de 300.000 obras foram queimadas.