Busenberg é um município do distrito de Südwestpfalz, na Renânia-Palatinado. Faz parte do município de Dahner Felsenland, que tem a sua sede administrativa na cidade de Dahn e no qual é o quarto maior município em termos populacionais.
Busenberg situa-se a 245 m acima do nível do mar, na parte alemã do Wasgau, a parte Sul da Floresta do Palatinado, na região de Dahner Felsenland, de onde deriva o nome do município. Busenberg inclui a aldeia de Bärenbrunnerhof, que se situa a quatro quilómetros a Nordeste, no final do vale de Bärenbrunner, e cujo acesso só é possível através da aldeia vizinha de Schindhard, bem como as aldeias residenciais de Bärenbrunner Mühle e Weißensteiner Hof.
A aldeia está rodeada por montanhas que se elevam a cerca de 200 m e cujas camadas rochosas são constituídas por arenito de grão fino. As elevações dominantes são o Jüngstberg (491 m), a Sudoeste, e o Löffelsberg (445 m), a Nordeste, que já ultrapassa o limite do distrito. Na fronteira com Vorderweidenthal e Oberschlettenbach encontra-se o Puhlstein, com 447,6 m de altitude. O Heidenkopf, com 420 m de altitude, ergue-se na fronteira com Erlenbach, perto de Dahn. O centro da aldeia estende-se numa depressão entre os dois. No extremo Norte do distrito, na fronteira com Schwanheim e Erfweiler, encontra-se o Wolfshorn, com 476,7 m de altitude, e a Sudoeste, na fronteira com Erfweiler, o Eichelberg.
A povoação já existirá desde o ano 1200, no entanto, só foi mencionada pela primeira vez num documento de 1408. Numa altura desconhecida, possivelmente por volta de 1490, Busenberg passou para a posse dos Senhores de Dürckheim. A propriedade soberana desta família da baixa nobreza foi inicialmente organizada, no âmbito da Cavalaria Imperial e do Distrito do Alto Reno. Quando a França assumiu a soberania, no final do século XVII, terminou o domínio até então existente sobre Busenberg por parte dos Dürckheim, e exercido por Eckebrecht von Türkheim, uma vez que o território se tornou francês. Inicialmente, os Dürckheims ainda tinham alguns direitos até que os últimos privilégios da nobreza foram abolidos na sequência da Revolução Francesa.
De 1798 a 1814, quando o Palatinado fazia parte da República Francesa (até 1804) e, posteriormente, do Império Napoleónico, Busenberg foi incorporada no cantão de Dahn. Em 1815, a cidade foi anexada à Áustria. Apenas um ano mais tarde, Busenberg passou a pertencer ao Reino da Baviera. A partir de 1818, a cidade fez parte do comissariado distrital de Pirmasens, que foi transformado em sede distrital em 1862.
Em 1925, o município tinha 821 habitantes que viviam em 136 edifícios residenciais. Em 1939 o município foi incorporado no distrito de Pirmasens (a partir de 1997, o distrito de Südwestpfalz). Após a Segunda Guerra Mundial passou a fazer parte do então recém-formado estado da Renânia-Palatinado, dentro da zona de ocupação francesa. No decurso da primeira reforma administrativa na Renânia-Palatinado, Busenberg foi atribuído à recém-criada Verbandsgemeinde Dahner Felsenland em 1972.
Relativamente ao património de Busenberg, o Castelo de Drachenfels e o cemitério judeu são designados como zonas monumentais. O primeiro situa-se a Sul, a uma altitude de 368 metros. O cemitério judeu, com 286 sepulturas, situa-se numa pequena colina a cerca de 500 m a Sudeste da aldeia. Foi utilizado desde 1824 até à era nacional-socialista. Em 1985, o local foi classificado como bem cultural protegido ao abrigo da Convenção de Haia.
No último quartel do século XX, o turismo em Busenberg cresceu exponencialmente. A publicidade refere sobretudo a sua localização, por se enquadrar no Parque Natural da Floresta do Palatinado.
CASTELO DRACHENFELS EM BUSENBERG
Drachenfels, (em Português “Rocha do Dragão”), é uma montanha com 321 metros (1.053 pés), pertencente à cadeia montanhosa “Siebengebirge” (Sete Montanhas) entre Königswinter e Bad Honnef, na Alemanha.
Burg Drachenfels, actualmente em ruínas, situado no topo da montanha, perto da vila de Busenberg, no estado da Renânia-Palatinado, foi construído entre 1138 e 1167 pelo Arcebispo de Colónia Arnold I, foi concebido para proteger a parte Sul da cidade de Colónia. Originalmente consistia numa “Bergfried” (uma torre alta normalmente existente nos castelos medievais) com um pátio e alojamentos para os funcionários.
O castelo foi destruído em 1634, durante a Guerra dos Trinta Anos, pelos Suecos Protestantes e nunca foi reconstruído. A erosão e a contínua extracção mineira degradaram grande parte dos seus restos mortais e apenas uma pequena parte permaneceu até hoje.
A rocha, tal como o resto da “Siebengebirge” (montanha), é formada pelos restos de um vulcão e local de uma pedreira de traquito (rocha ígnea vulcânica) desde os tempos Romanos, e serviu, tal como outros, de material de construção para a Catedral de Colónia. De todas as montanhas da “Siebengebirge”, esta é a mais próxima do Rio Reno, o que facilitava o transporte por barcaças, tornando-se um excelente lugar para uma pedreira. Isto terminou em 1836, quando o governo Prussiano comprou a pedreira. Em 1922, as primeiras medidas de protecção foram postas em prática e, em 1956, o local foi declarado parque nacional.
Turismo
A rocha e as ruínas ganharam popularidade na era Romântica, após as Guerras Napoleónicas terem terminado. A visita de Lord Byron a Mehlem e a sua aparição na narrativa poética de Lord Byron “Childe Harold’s Pilgrimage” (A Peregrinação de Childe Harold), a rocha ganhou a atenção internacional e passou a ser um dos destaques do chamado Romantismo do Reno. Assim popularizada, rapidamente passou a ser uma atracção turística, e actualmente ainda é.
Na década de 70 foi construído um novo restaurante (panorâmico) em cima da montanha, no estilo brutalista, popular na época. Em Janeiro de 2011 iniciaram-se os trabalhos de demolição, renovaram-se os edifícios da década de 1930 e substituiu-se o restaurante por um cubo de vidro.
Lendas
São várias as lendas que cercam Drachenfels, a mais famosa é a que conta que Siegfried – o herói do ‘Nibelungenlied’ – matou o dragão Fafnir que vivia numa caverna da montanha, e que depois se banhou com o seu sangue para se tornar invulnerável. Daí a montanha ser denominada de “A Rocha do Dragão”.
Outra lenda conta a história dos prisioneiros que eram sacrificados a um dragão. Uma delas era uma virgem cristã, que, com o seu medo, fez o sinal da cruz. Com medo deste símbolo sagrado, o dragão, seguidamente, saltou para o Reno e nunca mais foi visto.
A terceira história, não menos piedosa, conta que o dragão, certo dia, atacou um barco carregado com pólvora, causando uma explosão que destruiu o navio e o matou.