Friedrich II (1194-1250), Imperador do Sacro Império Romano-Germânico

Friedrich II (1194-1250), Imperador do Sacro Império Romano-Germânico

 

Frederico II

Friedrich II, (em português: Frederico II), foi Imperador do Sacro Império Romano e Rei da Itália, de 1220 até à sua morte, além de Rei da Sicília a partir de 1198 e Rei de Jerusalém entre 1225 e 1228 em direito da sua esposa, a rainha Isabel II.

Filho de Henrique VI de Hohenstaufen e de Constância da Sicília, herdou, ainda criança, o Reino da Sicília em 1197. Eleito pelos príncipes alemães, foi coroado, em Roma, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1220, pelo Papa Honório III. Prometera à Santa Sé, em troca de apoio, combater os “infiéis” islâmicos, através de cruzadas. Mas, como os seus predecessores, teve como maior preocupação armar o seu poderio na Itália, onde os seus interesses se opunham directamente aos da Igreja Católica. Para o obrigar a organizar uma prometida cruzada, o Papa Gregório IX teve de o excomungar em 1227.

Finalmente realizada, a cruzada terminou sem derramamento de sangue, pois Frederico conseguiu do sultão do Egipto a cessão pacífica de Jerusalém, Nazaré e Belém, fazendo-se ainda rei de Jerusalém. Essa atitude benevolente para com o Islão provocou a indignação do Papa. Em 1230, ao regressar, encontrou uma parte da Itália contra si, apoiada pela Santa Sé. Conseguiu, porém, estabelecer a sua autoridade e levou o Papa a assinar a Paz de São Germano em 1230. Na Alemanha, a revolta do seu filho Henrique obrigou-o a fazer concessões importantes aos príncipes germânicos em 1235.

Ao regressar à Itália conseguiu grande vitória sobre as cidades lombardas em Cortenuova, em 1237. Nova tensão se verificou, então, entre ele e o papado. Excomungado novamente, agora pelo Papa Gregório IX, contra-atacou energicamente e impediu a reunião do concílio que se estava a preparar contra ele, prendendo os cardeais, marchando, em seguida, sobre Roma em 1241. Não havia, assim, mais nenhuma possibilidade de reconciliação. O Papa seguinte, Inocêncio IV, obrigou o Concílio de Lyon, em 1245, a propor a sua deposição. Morreu cinco anos depois, deixando o poder imperial extremamente enfraquecido na Alemanha.

Considerado desde a sua época um personagem extraordinário, foi intitulado “o primeiro homem da renascença”. Muito culto, protegeu as artes e as ciências. Dedicou-se à literatura e escreveu poesias em italiano. Estimulou as actividades de ensino em Pádua, Bolonha e Salerno, fundou a Universidade de Nápoles e fez traduzir para o latim obras de vários autores da Antiguidade. No campo político-administrativo, ao contrário da maioria dos imperadores do Sacro Império, passou pouco tempo na Alemanha. Por essa razão, Frederico promulgou, em 1220, o Tratado com os príncipes da igreja (Confoederatio cum principibus ecclesiasticis), através do qual dava aos bispos poder secular, em troca do seu apoio à coroação de seu filho Henrique, assegurando, assim, o domínio daquela parte do império.

Morreu no dia 13 de Dezembro de 1250, no Castelo de Fiorentino, Província de Apúlia.

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