Grossglockner (Großglockner)

Grossglockner (Großglockner)

 

Großglockner

Großglockner, ou “Glockner”, (em português: Grossglockner), a 3798 metros acima do Adriático (12.461 pés), é a mais alta montanha da Áustria e dos Alpes a Leste do Passo do Brennero (Brennerpass). Faz parte do maior Grupo Glockner da faixa dos Alpes Tauern (Tauern Hohe), situados ao longo do cume principal do Centro-Leste dos Alpes e da divisão alpina. O Pasterze, o glaciar mais extenso da Áustria, situa-se na encosta oriental do Grossglockner.

O característico pico em forma de pirâmide é, na realidade, composto por dois cumes, o Grossglockner e o Kleinglockner, com cerca de 3.770 metros (12370 pés), separados por uma garganta rochosa tipo sela conhecida por “Glocknerscharte”.

O nome Glocknerer foi documentado pela primeira vez num mapa de 1561, desenhado pelo cartógrafo Vienense Wolfgang Lazius.

De acordo com o estudioso Belsazar Hacquet (1735-1815), “Glockner” deriva provavelmente da palavra alemã “Glocke”, (sino), referindo-se à característica forma da montanha.

O Glockner é a montanha mais alta dos Alpes a Leste da cadeia montanhosa Ortler, a cerca de 175 km (109 milhas) de distância, a seguir ao Monte Branco, e possui o segundo maior isolamento topográfico de todas as montanhas dos Alpes. Mesmo com a sua proeminência topográfica, a 2.424 metros (7,953 pés), é o segundo mais alto dos Alpes a seguir ao Monte Branco. Esta particularidade faz de Glockner um dos picos mais independentes nos Alpes. A vista do topo de Grossglockner é uma das mais distantes de todas as montanhas nos Alpes orientais. A distância observável alcança os 220 km (140 milhas), ou, tendo em conta a refracção atmosférica, quase 240 km (150 milhas).

A história da escalada começou com o francês e naturista Belsazar Hacquet que, a partir de 1773 foi professor de anatomia na Academia de Ljubljana. Viajou para os Alpes Orientais entre 1779-1781 e publicou um itinerário, em 1783, descrevendo a Montanha Glokner e afirmando que ainda não tinha sido escalada. Estimou que a montanha tinha 3.793 metros de altitude (12.444 pés) e deixou uma gravura ilustrando o Grossglockner e Pasterze, a primeira representação conhecida da montanha.

Inspirado pelo livro de Hacquet na sua primeira subida ao “Montblanc” (Monte Branco), em 1786, Gurk, príncipe-bispo Conde Franz Xaver de Salm, juntamente com o seu vigário-geral Sigismund Ernst Hohenwart e o Barão Franz Xaver von Wulfen iniciaram esforços para uma expedição ao Grossglockner. Atingiram provavelmente o cume Kleinglockner, a 23 de Julho de 1799.

Um mês mais tarde, a expedição do bispo começou. A primeira casa de montanha terá sido construída e o caminho no vale Leitertal foi preparado para que o bispo pudesse usar um cavalo a fim de o alcançar. Trinta pessoas, entre os quais Salm, Hohenwart e Wulfen, faziam parte da expedição. A 25 de Agosto de 1799 Hohenwart e, pelo menos, mais quatro outras pessoas, incluindo os dois “Glockners”, chegaram novamente ao cimo de Kleinglockner, onde instalaram uma das primeiras cruzes da cúpula (um dos principais objectivos da expedição religiosa).

A 28 de Julho de 1800, cerca de sessenta e duas pessoas, entre elas o pedagogo Franz Michael Vierthaler e o botânico David Heinrich Hoppe, reiniciaram a subida no vale Leitertal. Apenas os quatro guias e Mathias Hautzendorfer, o padre da paróquia local, e Rangersdorf foram capazes de atravessar o “Obere Glocknerscharte” e escalar o cume Grossglockner.

Um camponês local chamado Sepp Hoysen está documentado como sendo um membro da segunda expedição ao Grossglockner, em 1802, e o inspector Ulrich Schiegg mencionou um tal Martin Reicher como guia do “Glockner”. Os camponeses e vários outros membros da expedição fizeram novamente a ascensão no dia seguinte e, finalmente, instalaram a cruz no pico e um barómetro, agora no cume Grossglockner.

A primeira ascensão a esquiar foi concretizada em 1909 e a circum-navegação do maciço passou a ser um passeio popular de esqui de montanha. O Grossglockner tornou-se na montanha mais alta da Áustria, quando a região Ortler a Sul do Tirol teve de ser cedida ao Reino da Itália, de acordo com o Tratado de Saint-Germain de 1919, que promoveu a sua reputação como atracção turística.

O turismo massivo foi decisivamente promovido pela cénica Estrada Alpina (Großglockner-Hochalpenstrasse) de Heiligenblut para Bruck, em Salzburgo, com uma ramificação de saída para o miradouro Franz Joseph Höhe. A estrada de passagem, a mais alta da Áustria, chega a 2.576 metros (8.451 pés), e é uma das atracções turísticas mais populares do país.

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