Guangxu foi um imperador chinês da dinastia Qing da Manchúria, que reinou sob a tutela da sua tia, a imperatriz regente Cixi, cuja política de oposição às constantes extorsões praticadas pela Inglaterra, França, Japão, Itália e Rússia culminou com a intervenção militar desses países da Europa, Japão e Estados Unidos da América em 1900.
A política colonialista desses países foi levando à radicalização do povo chinês, tendo sido atingido o auge nas denominadas Guerras do Ópio, ocorridas entre o Reino Unido e o Império Qing nos anos de 1839-1842 e 1856-1860 e mais tarde na Rebelião Boxer de 1900.
Guangxu foi Imperador da China desde 25 de Fevereiro de 1875 até à sua morte, em 1908, sendo sucedido por Aisin-Gioro Puyi.
Foi adoptado pela sua tia Cixi para ser sucessor do seu filho, o imperador Tongzhi, que ascendeu ao trono do dragão aos três anos e que reinou de 1861 a 1875.
Guangxu era um menino doentio e de temperamento fraco, cuja voz era quase inaudível a estranhos devido a uma grave doença pulmonar.
Até atingir a maioridade em 1889, Cixi liderou a regência, mas mesmo depois manteve uma influência considerável no trabalho do governo. Uma das poucas medidas significativas tomadas de forma autónoma pelo imperador Guangxu foi a Reforma dos Cem Dias, de 1898, que Cixi logo abafou. Cixi usou essa reforma como desculpa para enfraquecer o imperador. Cixi deteve e mandou prender o imperador Guangxu numa ilha. Roubou-lhe todos os privilégios imperiais. A maioria dos seus conselheiros foram executados ou banidos por ordem de Cixi, apenas dois deles foram avisados a tempo pelo imperador, Kang Youwei e Liang Qichao, que fugiram para o Japão. O poder estava novamente nas mãos de Cixi.
Guangxu morreu em 1908, um dia antes da sua tia. A causa oficial da morte foi oficialmente provocada por falência dos rins em consequência da tuberculose, de que o imperador sofria desde 1907. Porém, acredita-se que Cixi, que estava deitada no seu leito de morte, o envenenou para que Puyi, filho do Príncipe Chun II, pudesse sucedê-lo. Na realidade, uma investigação de 2008 revelou uma dose letal de arsénico no corpo de Guangxu.