Hans Michael Frank (1900-1946), Político

Hans Michael Frank (1900-1946), Político

 

Hans Michael Frank

Hans Michael Frank nasceu em Karlsruhe, na Alemanha, e foi um advogado Alemão que trabalhou para o partido Nazi durante as décadas de 1920 e 1930 e, após a ascensão de Adolf Hitler ao poder em 1933, foi Ministro da Justiça da Alemanha Nazi e Governador-Geral do “Governo-Geral” do território Polaco ocupado. Durante o seu mandato (1939-1945), instituiu um regime de terror contra a população civil e envolveu-se directamente no assassinato em massa dos Judeus Polacos.

O pai de Frank era advogado e era visto como natural que o filho seguisse a profissão. No entanto, em 1917, Frank prestou serviço no exército Alemão durante a Grande Guerra. Amargurado pelo processo de paz, associou-se ao “Freikorps” nacionalista após o fim da guerra. Juntou-se ao Partido Ultra-nacionalista dos Trabalhadores Alemães – o nome original do Partido Nazi. Nesta altura, o Partido Nazi tinha pouco apoio e falta de dinheiro. No entanto, foi a oportunidade para entrar em contacto com Hitler convertendo-se num dos primeiros membros do Partido Nazi.

Em 1933, Frank foi nomeado Ministro da Justiça para a Baviera e também Presidente da Academia Alemã de Direito no mesmo ano. Frank pretendia que todas as questões fossem tratadas de uma forma jurídica adequada para não ser possível a existência de recurso. Inicialmente opôs-se aos assassinatos em Dachau pois achava que não tinham passado pelo processo jurídico adequado. Teve a mesma opinião quando ocorreu a “Noite das Facas Longas” (a purga que ocorreu na Alemanha Nazi entre 30 de Junho e 2 de Julho de 1934, quando o regime Nazi realizou uma série de assassinatos políticos).

Em 1934, Frank foi nomeado Ministro sem Pasta. Esta nomeação deu-lhe um alto cargo dentro da hierarquia Nazi, mesmo sem departamento específico.

A 1 de Setembro de 1939, a Alemanha Nazi invadiu a Polónia. Sendo o primeiro país a sofrer o impacto da “Blitzkrieg” (Guerra relâmpago), a derrota não demorou muito. Parte da Polónia foi absorvida pela Alemanha Nazi e passou a ser considerada território Alemão. O que não foi absorvido pela Alemanha Nazi ficou como Governo-Geral – cerca de 50% do país. Esta área foi entregue a Frank para a administrar e para executar esta missão foi nomeado “Obergruppenführer” (um poderoso posto paramilitar) nas Schutzstaffel (SS).

Supervisionou a criação dos guetos e a eliminação de Judeus nesses mesmos guetos. Deu início à prisão da alta classe polaca e aos intelectuais, independentemente da sua religião, quando os viu como uma ameaça potencial à sua autoridade no Governo-Geral. Usou os Polacos não-Judeus para trabalhos forçados. Quatro dos seis campos de extermínio usados durante o Holocausto foram construídos durante a sua governação.

Quando o Exército Vermelho ocupou a Polónia, Frank fugiu para a Alemanha. A 3 de Maio de 1945 foi preso pelos Americanos no Sul da Baviera. Frank tentou cometer suicídio quando estava sob custódia, por duas ocasiões, mas falhou os seus intentos.

Nos Julgamentos de Nuremberga, Frank negou ter conhecimento da existência dos Campos de Concentração polacos, mas algumas afirmações que tinha feito em público comprovavam que tal não era verdade.

Em 1 de Outubro de 1946 Hans Frank foi condenado à morte por enforcamento. A sua execução foi realizada a 16 de Outubro de 1946.

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