Otto I ‘der Große’ (912-973), Imperador do Sacro Império Romano-Germânico

Otto I ‘der Große’ (912-973), Imperador do Sacro Império Romano-Germânico

 

Otão I ‘o Grande’

Otto I ‘der Große’, (em português: Otão I ‘o Grande’), foi o primeiro Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, de 962 até à sua morte, além de Rei da Itália, Rei da Germânia e Duque da Saxónia.

Filho de Henrique I da Saxónia, foi coroado rei da Alemanha em 936. A sua principal acção foi submeter os duques alemães, dele dependentes, à condição de vassalos, impondo-se-lhes pelas armas em Andernach, em 939, reprimindo as suas revoltas e concedendo alguns ducados a membros da sua família ou a vassalos.

No Sínodo de Ingelheim, realizado em 948, arbitrou a disputa do trono de França, apadrinhando o carolíngio Luís IV d’Além-mar. Lançado na conquista de Itália, foi coroado Rei de Itália em Pavia, em 951.

Repeliu as ameaças dos Húngaros e dos Eslavos, derrotando-os em 955, respectivamente, no Lechfeld e nas margens do Recknitz. De volta a Itália, foi coroado imperador em São Pedro de Roma, pelo Papa João XII, a 2 de Fevereiro de 962, fundando, assim, o Sacro Império Romano-Germânico (que governou de 962 a 973). O reconhecimento do título imperial pelos soberanos de Constantinopla só ocorreu em 972, ao casar o seu filho e sucessor, Otão II, com a princesa bizantina Teofânia, filha de Nicéforo Focas.

Usando habitualmente o título de Imperator Augustus, retomou a política carolíngia de Carlos Magno e de Luís, o Piedoso, nas relações com o Papa, protegendo-o e garantindo-lhe o poder temporal em São Pedro, mas também interferindo na eleição de novos Papas e na deposição dos que lhe desagradavam.

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