Paul von Hindenburg (1847-1934), Militar e Político

Paul von Hindenburg (1847-1934), Militar e Político

 

Paul von Hindenburg

Paul Ludwig Hans Anton von Beneckendorff und von Hindenburg nasceu em Posen na Prússia e foi incorporado no exército prussiano em 1866, onde esteve cerca de 40 anos. Detentor de uma carreira honrosa, mas sem grande relevo militar, serviu em 1866 na Guerra Austro-Prussiana e, em 1870-71, na Guerra Franco-Prussiana, passando à situação de reserva em 1911.

No início da Grande Guerra, em Agosto de 1914, foi convocado para comandar o 8º Exército Alemão na fronteira russa, como oficial superior de Erich Ludendorff, um talentoso estratega militar. Com o êxito obtido por Ludendorff, na invasão da Rússia, Hindenburg é nomeado Marechal de Campo e Comandante das Forças Terrestres Alemãs.

Supervisionou a mobilização de todo o estado Alemão para a guerra, tornando-se imensamente popular em todo o país. O Imperador (Kaiser) Guilherme II passou para segundo plano.

Após o fim da guerra, Hindenburg voltou à situação militar de reserva, pela segunda vez.

Em 1920, nas suas memórias “Mein Leben” (A Minha vida), explica que a derrota Alemã na Grande Guerra teve origem numa revolução interna, a qual pôs fim ao Império Alemão, com a instituição da República em 1919.

Em 1925 Hindenburg foi eleito Presidente da República de Weimar, sucedendo a Friedrich Ebert e tornando-se assim o segundo presidente da história alemã.

Em 1930, com a depressão económica a tomar conta dos acontecimentos, o governo voltou a cair e em Julho desse mesmo ano autorizou o Chanceler Heinrich Brüning a dissolver o Reichstag (Parlamento).

Em 1932 voltou a concorrer às eleições presidenciais, como o único candidato capaz de derrotar o partido Nazi de Adolf Hitler, o que veio a acontecer. Demitiu Heinrich Brüning do cargo de Chanceler, considerado o único político competente que existiu na Alemanha de Weimar entre 1930 e Janeiro de 1933.

Nos últimos anos da sua presidência Hindenburg foi fortemente influenciado por quem o rodeava. Embora não simpatizasse com Hitler foi influenciado a nomeá-lo como Chanceler em Janeiro de 1933.

A introdução dos Poderes de Emergência, através da Lei de Concessão de Plenos Poderes (Ermächtigungsgesetz), eram legais nos termos da Constituição, suspendiam várias liberdades civis e foram o início da transição, levada a cabo por Hitler, para um sistema totalitário.

Algum tempo depois o “Reichstag” viria a dar poderes ditatoriais a Hitler. A partir dessa data Hindenburg passou a ser uma simples figura decorativa no governo Germânico.

Hindenburg faleceu aos 86 anos, na Prússia, zona de onde era originário, a 2 de Agosto de 1934, tendo sido sepultado em Tannenburg. Hitler ordenou que se lhe fizesse um funeral com Honras de Estado. Com a sua morte Hitler declarou o cargo de Presidente vago e, como “Führer und Reichskanzler” (Líder e Chanceler do Reich) auto proclamou-se Chefe de Estado.