Porta de São Floriano em Cracóvia (Brama Floriańska w Krakowie)

Porta de São Floriano em Cracóvia (Brama Floriańska w Krakowie)

 
Cracóvia (Kraków)

Kraków

Kraków, (em português: Cracóvia), é a segunda maior e uma das cidades mais antigas da Polónia. Está localizada no Sul da Polónia, junto ao rio Vístula, o maior rio polaco. A cidade remonta ao século VII.

A cidade evoluiu a partir de um povoamento da Idade da Pedra até chegar a segunda mais importante cidade da Polónia. Começou como um vilarejo na colina Wawel, como um movimentado centro de comércio da Europa Central, em 985.

Cracóvia foi saqueada e incendiada durante a invasão mongol de 1241 tendo sido reconstruída de forma praticamente idêntica ao que estava antes da destruição. Em 1259, a cidade foi novamente devastada pelos mongóis. Um terceiro ataque em 1287 foi repelido em parte graças às fortificações, à data, recém-construídas.

Em 1364, Kazimierz III Wielki (Casimiro III, o Grande), fundou a Universidade de Cracóvia, a segunda universidade mais antiga da Europa Central, logo a seguir à Universidade Carolina em Praga (Karls-Universität zu Prag).

Foi cidade-membro da Liga Hanseática e capital oficial da Polónia até 1596.

Em 1809, Napoleão Bonaparte capturou os antigos territórios polacos sob domínio da Áustria e tornou a cidade parte do Ducado de Varsóvia. Após a derrota de Napoleão, o Congresso de Viena, de 1815, restaurou as fronteiras pré-guerra, mas também criou a parcialmente independente Cidade Livre de Cracóvia.

Em 1846, ocorreu na cidade uma insurreição liderada por insurgentes polacos, direccionada em especial contra o Império Austríaco, com o objectivo de incitar a população para lutar pela independência nacional. A revolta durou cerca de nove dias e terminou com a vitória austríaca. Como resultado deu-se a anexação da cidade pela Áustria sob o nome de Grão-Ducado de Cracóvia (Großherzogtum Krakau).

O domínio austríaco em Cracóvia terminou em 1918, quando o Comité de Liquidação Polaco (órgão temporário do governo polaco que governou o território no final da Grande Guerra. Criado em 28 de Outubro de 1918, com sede em Cracóvia, o Comité visava principalmente manter a ordem nos territórios da antiga parte austríaca da Polónia), assumiu o poder.

 
PORTA DE SÃO FLORIANO EM CRACÓVIA
 

Brama Floriańska

Brama Floriańska, (em português: Porta de São Floriano), foi construída em 1300 e é constituída por uma torre rectangular, de pedra gótica, e pertence às fortificações da cidade construídas no tempo do príncipe Leszek II, o Preto, que emitiu uma ordem para a construção de defesas, em 1285.

O portão foi aberto antecedendo um ataque Turco sobre a cidade. Segundo os registos, em 1473 existiam 17 torres de defesa na cidade e um século depois existiam 33. Em 1565-1566 um arsenal municipal foi construído ao lado da Porta de São Floriano.

A torre tem 33,5 metros de altura. O “capacete” barroco em metal, que coroa a torre, foi construído em 1660 e renovado em 1694, acrescentando mais um metro à altura da mesma. É o único portão da cidade, dos oito originais construídos na Idade Média, que não foi desmantelado durante o século XIX, aquando da “modernização” de Cracóvia. Os muros adjacentes e as duas torres menores foram preservadas.

A face Sul da Porta de São Floriano é adornada com uma imagem do santo, em baixo-relevo, criada no século XVIII. O lado Norte da torre tem uma águia de pedra cravada que foi esculpida em 1882 por Zygmunt Langman (o primeiro reitor da Universidade de Tecnologia de Cracóvia, em 1915), baseado num desenho do pintor Jan Matejko. Dentro do portão está um altar com uma cópia do período final do barroco de uma pintura clássica de Nossa Senhora Piaskowa.

No Portão de São Floriano começava a estrada real de Cracóvia. Através dela entraram reis e príncipes, embaixadores estrangeiros e ilustres convidados, desfiles e procissões de coroação.

No início do século XIX a cidade começou a expandir os limites dos muros da cidade velha. As velhas paredes tinham caído em desuso e sofrido cem anos sem qualquer manutenção, após a partilha da Polónia. O Imperador Francisco I da Áustria-Hungria deu a ordem de desmantelamento das muralhas da cidade. A 13 de Janeiro de 1817 o Professor Feliks Radwanski da Jagiellonian University conseguiu convencer o Senado da República de Cracóvia para legislar a favor da preservação parcial das fortificações antigas – a Porta de São Floriano e a Barbacã adjacente.

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