Heiliger Christophorus, (em português: São Cristóvão), é um santo venerado por Católicos Romanos, Ortodoxos e Umbandistas (no sincretismo afro-brasileiro).
Considerado um mártir cristão, São Cristóvão foi morto durante o reinado de Décio, imperador romano do século III. Apesar de ser um dos santos mais populares do mundo, muito pouco se sabe ao certo sobre a sua vida.
São Cristóvão é venerado a 9 de Março na Grécia, a 9 de Maio pela Igreja Ortodoxa, a 16 de Novembro em Cuba e a 10 de Julho em algumas localidades da Espanha. O Calendário Tridentino da Igreja Católica permitia a celebração de São Cristóvão no dia 25 de Julho, apenas em missas privadas. Esta restrição foi removida mais tarde.
Apesar da Igreja Católica ainda aprovar a sua devoção, foi retirado o dia 25 de Julho, o seu dia festivo, da listagem de mártires romanos venerados, do calendário católico de santos em 1969. Na época, a igreja declarou que a celebração não era de tradição romana, tendo em vista a sua adesão tardia (por volta do ano de 1550) e limitada ao calendário romano. A Igreja Católica argumenta que quase nada de histórico é conhecido sobre a vida e a morte de São Cristóvão, apesar de várias lendas lhe serem atribuídas. A mais popular tem origem na Legenda Áurea, uma compilação de histórias de santos do século XIII.
Cristóvão sempre foi um santo muito popular, sendo reverenciado especialmente por atletas, marinheiros, barqueiros e viajantes. É reverenciado como um dos catorze santos auxiliares. O seu padronado é vasto, sendo mais conhecido por assuntos relacionados com viagens. Também é padroeiro de vários locais, tais como Baden, Barga, Mecklemburgo, Brunswick, Rab, São Cristóvão, Mondim de Basto, Vilnius e Havana.
Lenda de São Cristóvão
Um rei pagão em Canaã ou na Arábia, através das preces da sua esposa, teve um filho a quem baptizou de Reprobus (Offerus), dedicando-o ao Deus Apolo. Adquirindo tamanho e forças extraordinárias com o tempo, Reprobus resolveu servir apenas aos mais fortes e bravos. Na sua busca por tais indivíduos, acabou por servir um rei poderoso e um indivíduo que alegava ser o próprio Satanás, mas acabou por achar que faltava coragem a ambos, uma vez que o primeiro temia o nome do diabo e o último se assustara com a visão de uma cruz na estrada. De seguida, ele encontrou um eremita que o educou na fé cristã, baptizando-o. Reprobus recusou-se a jejuar e a rezar para Cristo, mas aceitou a tarefa de ajudar as pessoas a atravessar um rio perigoso, no qual muitos já tinham morrido ao tentar fazer a travessia.
Certo dia, Reprobus fez a travessia de uma criança que ficava cada vez mais pesada, de tal maneira que ele sentia como se o mundo inteiro estivesse sobre os seus ombros. Após a travessia, a criança revelou ser o Criador e o Redentor do Mundo. Daí provém o nome Cristóvão, que significa “aquele que carrega Cristo”. Em seguida, a criança ordenou a Reprobus que fixasse o seu bastão na terra. Na manhã seguinte, apareceu no mesmo local uma exuberante palmeira. Este milagre converteu muitos, despertando a fúria do rei da região. Cristóvão foi preso e, depois de um martírio cruel, foi decapitado.
A análise histórica das lendas de São Cristóvão sugere que Reprobus (Christóvão) viveu durante o período de perseguição aos cristãos do imperador Décio ou do imperador Diocleciano, e que foi capturado e martirizado pelo governador da Antioquia. De acordo com o historiador David Woods, os restos mortais de Cristóvão foram possivelmente levados para Alexandria por Pedro I, onde teriam sido confundidos com os do mártir egípcio São Menas.