Segunda Guerra Mundial – Ocupações Alemãs – Luxemburgo

Segunda Guerra Mundial – Ocupações Alemãs – Luxemburgo

1940 – 1945

 

Ocupação Alemã do Luxemburgo

 

Brasão do Luxemburgo

O Luxemburgo, durante a Segunda Guerra Mundial, foi tratado como território Germânico e informalmente anexado, em 1940, como se de uma província do Terceiro Reich se tratasse.

A 10 de Maio de 1940, quando os exércitos Nazis Alemães iniciaram a campanha a Ocidente, atravessaram o Luxemburgo, tendo como destino a França.

A noite anterior à invasão Alemã, a família real do Grão-Ducado e o governo deixaram o Luxemburgo e partiram para o exílio (EUA, Canadá e, mais tarde, em Londres, Reino Unido).

Mapa de localização do Luxemburgo

Como o Luxemburgo estava estritamente preso à sua neutralidade, nenhuma resistência armada foi inicialmente contrária ao agressor, que invadiu o pequeno país em menos de um dia.

Durante a campanha Ocidental, e até a capitulação da França, as tropas militares Alemãs e a logística foram canalizados através do Luxemburgo, com a lei marcial a ser imposta à população.

Quando a campanha militar terminou no Ocidente, com a ocupação da França, o NSDAP (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei), ou partido Nazi, estabeleceu-se no Luxemburgo, integrando o Grão-Ducado no Terceiro Reich.

O nome Luxemburgo deixou de existir, o país passou a chamar-se desde então “Gau Moselland” (distrito de Moselland), governado pelo alto membro paramilitar Nazi, Gustav Simon, o “Gauleiter”, cuja principal tarefa era “germanizar” a população do Luxemburgo.

Gustav Johannes Simon (1900-1945), Político

A lei Alemã foi imposta, o uso da linguagem nativa da Luxemburgo foi proibido, os nomes que soavam a Francês foram convertidos, e os Nazis iniciaram uma vasta campanha para doutrinar e converter o Luxemburgo ao “Heim ins Reich” (lar da pátria-mãe), tentando fazer com que a população acreditasse que eram Alemães étnicos.

Num referendo organizado pelos Nazis, 98% da população manifestou-se vigorosamente contra a sua passagem a cidadãos Alemães, o que provocou, por parte dos alemães, uma série de represálias.

No final de 1942, o “Gauleiter” começou a recrutar os jovens do Luxemburgo para as Forças Armadas (Exército). Os jovens foram forçados a ir ou corriam o risco das suas famílias serem deportadas ou processadas, se não obedecessem. Na mesma altura, os Nazis iniciaram as perseguições à comunidade Judaica local.

Com a notícia do desembarque dos Aliados nas praias da Normandia em Junho de 1944, a resistência armada contra os Nazis aumentou drasticamente, como por exemplo, em Vianden.

Heinrich Luitpold Himmler (1900-1945), em visita ao Luxemburgo em Julho de 1940

Após quatro anos de brutal ocupação Nazi, as tropas Alemãs, durante a retirada da França, abandonaram o Grão-Ducado no início de Setembro de 1944 e posicionaram-se por trás das fortificações da “Linha Siegfried”, uma estrutura estática defensiva que se estendia desde o Mar do Norte até à fronteira com a Suíça, com parte situada na fronteira entre o Luxemburgo e a Alemanha.

Entre 10 e 12 de Setembro de 1944, todo o Grão-Ducado do Luxemburgo foi libertado pelas forças Aliadas. Os Alemães retiraram-se sem lutar. Um mês antes do início da Batalha ou Ofensiva do Bulge (ou Batalha das Ardenas), 250 soldados da Waffen-SS, tentaram recapturar a cidade de Vianden, sem sucesso, devido à resistência Luxemburguesa durante a denominada Batalha de Vianden.

Durante a batalha, a parte Norte do país foi atingida pela artilharia de uma unidade especial alemã, mas sem conseguir tomar a cidade.

Batalha do Bulge – Soldados alemães em combate nas Ardenas

Quando o alto Comando Americano ficou ao corrente da situação, a unidade norte-americana mais próxima era a do Terceiro Exército sob comando do General Patton, que na altura se estava a preparar para invadir a região do Sarre. Em 48 horas, Patton conseguiu reposicionar o seu exército, chegar ao Luxemburgo, e atingir a força de ataque alemã no seu flanco esquerdo. Com temperaturas abaixo de zero, durante o mês de Janeiro de 1945, e especialmente depois das tropas de Patton terem lançado massivos contra-ataques, as unidades alemãs foram gradualmente recuando, abandonando o equipamento pesado. No final de Janeiro, 95% do Luxemburgo tinha sido libertado, com os Alemães a manter apenas duas pontes fortemente defendidas para permitir o recuo das suas tropas.

A 7 de Fevereiro de 1945 a batalha estava quase terminada, as tropas dos EUA no Luxemburgo atravessavam o Rio Sauer para a invasão da Alemanha. Quatro meses depois a Alemanha Nazi capitulava.

Baixas Alemãs durante a batalha: aproximadamente 86.000, entre mortos, desaparecidos em combate ou feridos.

Baixas Norte-Americanas durante a batalha: aproximadamente 76.000, entre mortos, desaparecidos em combate ou feridos.