
Moritz von Schwind
Moritz von Schwind foi um pintor austríaco nascido em Viena. Teve uma formação académica rudimentar e passou a juventude feliz e despreocupada, em Viena.
Entre os seus companheiros encontrava-se o compositor Schubert, cujas canções ele ilustrou.
Em 1828, ano da morte de Schubert, mudou-se para Munique, onde fez amizade com o pintor Schnorr e onde contou com a orientação de Cornelius, então Director da Academia.
Em 1834 decorou o novo palácio do Rei Ludwig com pinturas ilustrando as obras do poeta Tieck.
Estava frequentemente ocupado a trabalhar em almanaques ou a ilustrar Johann von Goethe e outros escritores, trabalhos esses através dos quais conseguiu ganhar considerável reconhecimento e também onde trabalhar.
Decorou uma vivenda em Leipzig com a história do “Cupido e Psique”, justificando o título de pintor-poeta com os projectos “Niebelungenlied” (A Canção dos Nibelungos), um poema germânico antigo, e com o poema épico “Gerusalemme” (Jerusalém Libertada) de autoria do poeta italiano Torquato Tasso, pintura efectuada nas paredes do Castelo de Hohenschwangau no Tirol, Baviera.
A partir de 1844, e com residência em Frankfurt, criou alguns dos seus melhores trabalhos, em especial os projectos “Singer’s Contest” (Concurso de Cantores), pintado no Castelo de Wartburg (Eisenach Wartburg) (1846), e desenhos para as celebrações de Goethe. Contam-se também numerosas ilustrações de livros.
Em 1847 Schwind regressa a Munique a fim de ser nomeado professor na academia local.
Oito anos depois, a sua fama estava no auge. As suas pinturas no Castelo de Wartburg, os quadros ilustrativos do “Singer’s Contest” e da história de “Isabel da Hungria” receberam elogios universais com direito a um grande festival musical em sua homenagem. Ele próprio foi um dos violinistas.
Em Munique também trabalhou em algumas igrejas, sobretudo o altar e as janelas da Igreja de Nossa Senhora.
O ciclo, excepcionalmente maduro, denominado “Sete Corvos”, concebido a partir das histórias de fadas de Grimm, foi produzido em 1857.
No final da sua carreira e com a saúde debilitada, visitou Viena. Durante esse tempo ainda criou o ciclo da “Lenda de Melusina” e os desenhos comemorativos do “Chefe dos Músicos”, que decora o saguão da Ópera Estatal de Viena.
Schwind é considerado um génio lírico. Procurou inspiração no folclore, na cavalaria e nas canções populares. Morreu em Pöcking, na Baviera, e foi sepultado no “Südfriedhof Alter” (cemitério), em Munique.